Gestão de restaurantes: veja 5 dicas de ouro para fazer a sua

Prática • mai. 02, 2019

Uma boa gestão de restaurantes torna-se a base para se ter um negócio estável e próspero diante do setor de alimentação fora do lar que cresce anualmente de forma robusta. Em 2018, o segmento movimentou impressionantes R$ 205 bilhões , crescimento 3,5% superior ao ano anterior (que, por sua vez, já havia registrado ampliação de 2,5% em relação a 2016).

Entretanto, a despeito do otimismo indicado pelos números, a gestão de restaurantes vai muito além do fascínio pela cozinha. Definição de estratégias inteligentes de fluxo financeiro, liderança de equipes, diagnóstico das necessidades do mercado, guerra com fornecedores pelos menores preços, inovação constante e atendimento de excelência são alguns dos desafios comuns no setor gastronômico.

De fato, já se foi o tempo em que apenas um bom prato resolvia os problemas de faturamento no food service. Com margens de lucro sempre apertadas, fazer o gerenciamento adequado do restaurante é essencial para o sucesso do negócio.

Mas como fazer essa gestão de restaurantes de forma eficiente? A seguir, apresentamos 5 dicas de ouro sobre o tema. Confira!

1. Capriche na elaboração do plano de negócios

O ato de empreender no setor gastronômico vai além de buscar a solução de problemas em uma posição administrativa típica. Muito antes disso, trata-se da capacidade de enxergar oportunidades, atingir o nível máximo de seu potencial , corrigir possíveis falhas internas e superar as forças que resistem à criação de algo novo. Mas todo esse caminho deve ser mapeado com antecedência, por meio de um plano de negócios.

Um plano de negócios para restaurantes é o documento que servirá como bússola durante todo o desenvolvimento de seu projeto. É o processo sistemático e consciente de projetar decisões futuras sobre a trajetória do empreendimento.

O plano deve guardar sigilo das informações, ter embasamento estatístico acerca do mercado, foco no crescimento sustentável e propor revisão periódica, já que o contexto externo muda e exige adaptações em seu próprio business.

Abaixo, alguns dos pontos que devem constar desse referencial para gestão de restaurantes:

Sumário executivo

    1. missão — o que a empresa é;
    2. visão — aonde a empresa quer chegar;
    3. valores — princípios que norteiam suas ações no mercado;
    4. público-alvo — quem sua empresa vai atender; por exemplo, “homens e mulheres de negócios que fazem refeições fora do lar na região”;
    5. enquadramento tributário — estudo da opção mais econômica à gestão de restaurantes.

Análise de mercado

    1. estudo aprofundado do perfil de clientes que o estabelecimento deseja atrair;
    2. obstáculos concorrenciais na região de interesse;
    3. mapeamento dos fornecedores com melhor custo-benefício.

Localização

    1. dados estatísticos do ponto de instalação;
    2. estratégias de vantagem competitiva para diferenciação dos concorrentes da região.

Plano de marketing e estudo técnico-gastronômico

    1. engenharia de cardápio ;
    2. combinação de ingredientes que tirem o melhor proveito possível da sazonalidade dos alimentos (o que reduz custos com matéria-prima);
    3. precificação dos pratos;
    4. planos de ação em redes sociais;
    5. estratégias de captação/conversão (como cupons de desconto);

Plano operacional

    1. desenho do fluxo de processos (do pedido do cliente à entrega dos pratos);
    2. arranjo físico;
    3. necessidade de pessoal etc.

Plano financeiro

    1. capital de giro;
    2. estratégias de financiamento;
    3. estimativa de faturamento mensal etc.

2. Motive e capacite seus funcionários

O psicólogo Frederick Herzberg desenvolveu, na segunda metade do século 20, uma teoria fundamental à gestão de restaurantes e que é amplamente utilizada até hoje em empresas de diversos segmentos na abordagem da motivação. Chamada de “Teoria da Satisfação” ou “Teoria dos dois fatores de Herzberg”, o estudo aponta que o alto desempenho dos colaboradores é fruto de duas variáveis. Confira!

Fatores higiênicos

São fatores ligados à empresa e que, quando ausentes, causam insatisfação. Entretanto, por mais antagônico que pareça, sua presença não significa necessariamente satisfação, e sim uma espécie de “não insatisfação” ou “estado neutro”. Aqui entram questões materiais, como salário e benefícios sociais (vale-transporte, plano de saúde e vale-refeição).

Ou seja, é importante que você tenha uma política de remuneração adequada aos seus colaboradores. Garçons, cozinheiros, maîtres e caixas devem ser estimulados com incentivos financeiros, mas o empresário precisa ter consciência de que questões monetárias, por si só, não são suficientes para manter um funcionário performando no máximo de suas potencialidades. A gestão de restaurantes deve considerar também os fatores motivadores.

Fatores motivadores

São elementos que, quando presentes, causam motivação e, quando ausentes, provocam insatisfação. Englobam itens que vão além de salário, relacionando-se mais à autoestima profissional, como reconhecimento do trabalho exercido ou sentimento de fazer parte do projeto (em vez de ser mero executor de tarefas).

Segundo Herzberg, o empresário que deseja propiciar a motivação máxima deve, em uma ponta, incentivar sua equipe com benefícios financeiros, mas, na outra ponta (a mais relevante), motivá-la profissionalmente, oferecendo cursos de capacitação, possibilidades de promoção e participação nos lucros (incentivo com valor de estima até maior do que financeiro).

3. Especialize-se em vigilância sanitária

Se você tem interesse em aprimorar conhecimentos sobre as normas de vigilância sanitária , um passo importante é estudar a RDC nº 216/2004 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que estabelece boas práticas para serviços de alimentação.

Esse normativo traz explicações sobre multiplicação de agentes bacteriológicos, bem como condições ideais de manipulação, layout, processos e equipamentos para produção segura de alimentos. Não estar atento a essas regras pode ocasionar multas, desperdício de alimentos ou pior: a perda de clientes.

4. Traga tecnologias aos seus processos de negócio

Invista em um sistema que integre e automatize os processos da gestão de restaurantes. Um ERP (“Enterprise Resource Planning” ou, em português, “Sistema Integrado de Gestão Empresarial”) para food service permite, por exemplo, a troca da anotação manual dos pedidos por tablets que registram as ordens e as transmitem imediatamente ao monitor da cozinha.

Soluções tecnológicas para restaurante permitem ainda a visualização por celular, em tempo real, do número de comandas em aberto e do fluxo de itens em estoque. Integração eletrônica entre catracas e sistemas de confirmação de pagamento também ajuda a evitar que alguém saia sem pagar. Tudo isso facilita sua gestão.

5. Mantenha maquinário de ponta em sua cozinha

Ter equipamentos com tecnologia de ponta é fundamental para o sucesso do empreendimento.

O mesmo pode ser dito em relação ao forno combinado —  crucial à produtividade e qualidade das produções, de bistrôs a restaurantes —, que é capaz de alcançar o ponto ideal de cocção de múltiplos alimentos ao mesmo tempo.

E o que dizer dos ultracongeladores ? Um ultracongelador, além de inibir a proliferação de bactérias, mantém todas as características originais do alimento e também evita perdas no negócio.

Vale a pena destacar também a possibilidade de finalizar alimentos em um Speed Oven , servindo-os poucos minutos depois! Esses equipamentos trabalham com micro-ondas e ar quente em alta velocidade, entregando um prato em segundos.

Poderíamos ainda enumerar outros muitos equipamentos, como lava-louças profissionais, que lavam rapidamente com economia de água, energia e detergentes, otimizando a mão de obra.

Invista em manutenção preventiva

Há ainda que se falar em ter um programa de manutenção preventiva dos equipamentos. Isto assegura a automatização de processos, maior qualidade, rapidez no atendimento e menor estafa de seus funcionários. Essas consequências também facilitam a gestão do estabelecimento.

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O design é uma disciplina que envolve a criação, planejamento e execução de soluções para resolver um problema ou atender a uma necessidade específica. Ele abrange uma ampla variedade de campos e pode ser aplicado a produtos, serviços, ambientes, comunicações e interações. Não se limitando apenas à estética visual, embora isso seja uma parte importante. Ele também considera a funcionalidade, usabilidade, ergonomia e a experiência geral do usuário. O processo geralmente envolve a pesquisa, concepção, prototipagem, testes e implementação. Ele está em diversos aspectos da vida cotidiana, desde a embalagem de produtos que compramos até a interface de aplicativos que usamos e ele pode ser também aplicado nas padarias. Confira nosso conteúdo a seguir e aprenda mais sobre o assunto. Quais os princípios do design? Equilíbrio Simétrico: Distribuição equitativa de elementos de forma semelhante de ambos os lados de um eixo central. Assimétrico: Distribuição equilibrada de elementos visuais sem depender da simetria. Contraste Criação de diferenças visuais entre elementos, como cor, tamanho, forma ou textura, para destacar ou enfatizar. Alinhamento Posicionamento cuidadoso de elementos para garantir uma disposição ordenada e organizada. Repetição Utilização de padrões repetitivos para criar consistência e coesão visual. Ênfase Destaque de elementos importantes para chamar a atenção do espectador. Proporção Relação harmônica entre diferentes partes de um design, contribuindo para uma estética equilibrada. Hierarquia Organização visual de elementos para indicar a importância ou a ordem de leitura. Espaço Gerenciamento eficaz do espaço negativo e positivo para melhorar a legibilidade e a compreensão. Simplicidade Eliminação de elementos desnecessários para criar designs claros e diretos. Coesão Relacionamento visual entre elementos para garantir que o design funcione como uma unidade integrada. O Design aplicado às padarias Ao contrário do que se pensa, estas técnicas não se reservam apenas a projetos de grandes arquitetos mas podem ser perfeitamente aplicadas a todos os negócios e tanto a sua identidade quanto Atração Visual: quando bem pensado pode atrair a atenção, tornando a padaria mais convidativa e aumentando o potencial de atração de novos clientes. Identidade Forte: uma aplicação consistente com logotipos, esquemas de cores e outros elementos que distinguem a padaria no mercado. Experiência do Cliente Aprimorada: um design cuidadoso não se limita apenas à estética, mas também à experiência geral do cliente. Facilidade de Navegação: facilita a navegação dos clientes pela padaria. Isso pode resultar em uma experiência de compra mais agradável e eficiente. Destaque de Produtos: pode ser usado para destacar produtos específicos, promovendo itens. Isso pode influenciar as decisões de compra dos clientes. Credibilidade e Profissionalismo: quando bem executado transmite uma imagem de profissionalismo e atenção aos detalhes, o que pode aumentar a credibilidade. Diferenciação no Mercado: a aplicação eficaz dos princípios pode diferenciar a padaria de seus concorrentes, ajudando-a a se destacar e conquistar uma parcela do mercado. Comunicação Eficaz: sinalizações claras e comunicação visual, facilitam a transmissão de informações, promoções e ofertas especiais. Cuidados com design na padaria Excesso de móveis Estes não devem comprometer o espaço e a circulação dos clientes, e no caso de mesas e cadeiras, devem ser suficientes para acomodá-los. Paisagismo Se há uso de plantas e jardins naturais, estes devem ter rega, limpeza e manutenção constante para permanecerem bonitos. Uso de buffets Estes não devem "roubar" espaço e não prejudicar a circulação. Precisam ser dimensionados conforme a demanda e variedade do cardápio. Mesas e cadeiras extras Havendo falta, reavalie o espaço, remova itens e outros móveis, e disponibilize local para mais destas. Afinal, o cliente é mais importante. Manutenção de fachada Faça limpeza e manutenção periódica da fachada. Iluminação, comunicação visual, contatos, tudo deve estar visível. Exposição de materiais embaixo do balcão Embora possa ser visto como economia e aproveitamento de espaço, prefira manter materiais e embalagens guardados. Iluminação O propósito desta é tornar seu ambiente e produtos visíveis. Reveja o uso desta como decoração. Ademais, ela consome energia elétrica também. Tente usar mais luz natural nos seus projetos. Fotos e imagens Todas as fotos de produtos e decorativas devem estar em bom estado e atualizadas. Dê preferência às de seus próprios produtos. Freezers e geladeiras Devem estar posicionados estrategicamente aos produtos relacionados e ser suficientes para os produtos desejados. Itens e elementos decorativos Devem estar de acordo com o estilo do estabelecimento e não em excesso, desviando a atenção de seus produtos. Os sazonais devem ser removidos assim que passarem as datas comemorativas. Conveniência Concentre-se em itens que vendem juntamente com seus produtos e atendam à demanda dos clientes. Pisos Fique atento ao tipo, limpeza diária e conservação. Sempre que houver danos, programe a manutenção ou troca. Vitrines Estas precisam ser suficientes para variedade de produtos e repostas continuamente. Vitrine vazia não vende. Foco no produto O foco é a venda do que é produzido na padaria. Evite produtos e serviços que não complementem ou não vendam seus produtos. Frente de loja Um conceito que tem auxiliado as padarias, confeitarias e outros empreendimentos do ramo de alimentação é o uso de fornos vitrine na área de vendas. O objetivo desses equipamentos é assar produtos em menor quantidade, mas constantemente e com variedade. Dessa forma, seus clientes verão que há produtos frescos saindo a todo momento, e o aroma de pão é irresistível. Além disso, muitas pessoas desconhecem a fabricação do pão e, mesmo para aqueles que já conhecem, é muito atrativo, e sua padaria certamente chamará a atenção. Outro ponto positivo é que ao assar produtos em menores quantidades, eles se mantêm frescos e ocorre menor desperdício por itens que são assados além do necessário. Sobram, perdem a qualidade gradativamente e, depois, devem ser descartados. Conclusão Em síntese, ao considerarmos a importância do design nas padarias, compreendemos que a estética e a funcionalidade desempenham papéis cruciais na atração e fidelização de clientes. Desde a disposição dos produtos até a escolha de equipamentos como fornos vitrine, o design influencia diretamente na experiência do consumidor. A harmonia visual aliada à praticidade operacional não apenas agrega valor à padaria, mas também cria uma atmosfera convidativa. A implementação cuidadosa do design não só destaca a frescura e a variedade dos produtos, como também reduz desperdícios, promovendo a sustentabilidade no processo. Assim, ao reconhecermos a relevância do design, as padarias não apenas aprimoram seu apelo estético, mas também otimizam operações, conquistando clientes e assegurando um espaço distintivo no mercado gastronômico. E agora que tal aplicar os mesmos conceitos com na exposição de produtos? Clique aqui e veja nosso conteúdo sobre o vitrinismo. 
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