Alimentação saudável: como oferecer ao consumidor fora de casa?

Prática • abr. 10, 2019

O seu estabelecimento oferece opções de alimentação saudável para os clientes? Se a sua resposta for não, é melhor prestar bastante atenção a este post. Afinal, uma pesquisa realizada pela Fiesp revelou que 80% da população brasileira busca se alimentar melhor. Como grande parte dessas pessoas precisa comer fora de casa em alguns momentos do dia, elas vão escolher os locais que proporcionam isso. Se não for o seu restaurante ou lanchonete, será a empresa concorrente.

Sendo assim, é muito importante mudar o mix de produtos oferecidos e fazer adaptações em algumas receitas. Muitas estratégias ajudam a tornar os preparos mais nutritivos e saudáveis. Além de atender essa mudança no comportamento dos consumidores, essa atitude pode aumentar o faturamento do negócio e fazê-lo se destacar ainda mais no mercado.

Então, confira nossas dicas para você se preparar para esse novo desafio!

Aposte na melhoria da qualidade nutricional

O primeiro ponto importante de uma alimentação saudável é a preocupação com a qualidade nutricional do que será consumido. Para conseguir entregar mais valor nesse sentido, veja quais são os cuidados que você precisa tomar.

Inclua produtos frescos

Se o seu negócio for um restaurante, aposte na diversificação das opções de salada. Inclua diversos tipos de folhas, legumes e vegetais e invista em frutas para as sobremesas. Para o preparo de pratos, certifique-se de que os ingredientes sejam de boa qualidade e que o processo de cozimento não elimine seus nutrientes. Uma forte tendência é utilizar produ tos orgânico s.

No caso de lanchonetes, a primeira coisa que vem à mente das pessoas são os salgados e sanduíches, mas existem outras formas de fazer uma refeição leve, prática e rápida. Uma tapioca ou omelete podem ser preparados de forma antecipada, com o auxílio de ultracongeladores, e reaquecidos rapidamente em um Speed Oven. Servidos com uma salada simples, agregam muito valor.

Prefira opções assadas às fritas

As frituras são as grandes vilãs de uma alimentação saudável. Isso porque, além de reduzir a quantidade de nutrientes dos alimentos, esse processo ainda aumenta os índices de colesterol e gorduras ruins no organismo. Por outro lado, os alimentos assados perdem basicamente água durante o preparo, o que torna essa opção mais saudável para os clientes.

Utilizando os fornos combinados , é possível fritar os alimentos com uma redução de até 90% do uso de óleo. Com isso, as receitas se tornam mais saudáveis, sem perder suas características originais de sabor e crocância. Use a tecnologia ao seu favor!

Use temperos naturais

Os temperos artificiais precisam da adição de diversos tipos de compostos químicos para dar realce ao sabor, substituir produtos naturais e aumentar a durabilidade. Com isso, há uma perda significativa no gosto original dos ingredientes da receita e um prejuízo para a saúde dos clientes. Em geral, a maioria deles é rica em sódio, que aumenta a pressão e causa a retenção de líquidos, o que é péssimo e perigoso, principalmente para hipertensos.

Além de todo esse problema nutricional, a impressão que uma pessoa tem ao comer algo temperado dessa forma é que é apenas mais do mesmo. Que tal, então, tornar suas receitas únicas com o uso de temperos feitos em sua própria cozinha? Muitos lugares já cultivam pequenas hortas para ter ervas como orégano, tomilho e manjericão sempre frescos e disponíveis.

Você pode também criar o seu próprio mix de temperos secos. Para isso, basta comprar as ervas frescas de sua preferência e, utilizando as tecnologias já disponíveis em sua cozinha, é só desidratar e processar o tempero, dando um toque de personalidade às suas preparações.

Atenda a diferentes públicos

A alimentação saudável não diz respeito apenas à qualidade nutricional do que se come, mas também ao bem que ela faz para a saúde do corpo e da mente. Nesse sentido, é possível observar diversas vertentes de públicos em food service crescendo em número de pessoas. Para ter sucesso e se manter competitivo no mercado, é preciso conhecê-los e atender às suas exigências. Englobamos os 3 principais neste artigo. Acompanhe.

Pessoas que buscam reduzir o peso

O primeiro grupo de pessoas surgiu de uma situação que atinge mais da metade da população brasileira, segundo o Ministério da Saúde. O excesso de peso causa problemas graves, que comprometem a qualidade de vida e que podem até mesmo levar à morte. Por isso, além de ser um nicho muito interessante do ponto de vista financeiro, trata-se de uma questão de saúde pública.

Para ter sucesso com esse tipo de público, é muito importante ficar atento aos seguintes pontos:

  • o valor calórico dos produtos deve ser baixo;
  • quanto menos gordura no preparo, melhor;
  • as farinhas brancas devem ser substituídas pelas integrais;
  • pães e massas multigrãos têm melhor saída;
  • as sobremesas devem ser menos açucaradas e calóricas;
  • os sucos detox e nutritivos não podem faltar.

Abuse do marketing para atrair esses clientes. Uma boa ideia é ter auxílio de um nutricionista para criar uma combinação de baixa caloria para o cardápio do dia e atribuir nomes, como “Sugestão do Nutricionista”, “Dica do Nutri” ou “Sugestão fitness”.

Pessoas com restrições alimentares

Esse é um grupo de pessoas que até há alguns anos era ignorado pelas indústrias e comércios de alimentos. Contudo, hoje em dia, elas ganharam força e fazem parte de um movimento muito mais atuante. As principais condições restritivas são:

  • carboidratos, principalmente açúcares (diabéticos e pessoas que seguem alimentação lowcarb);
  • gorduras, sobretudo as saturadas (hipertensos e obesos);
  • glúten (celíacos e intolerantes);
  • lactose (alérgicos e intolerantes).

Por se tratar de necessidades específicas, são poucas as opções de receitas que atendam a todos de uma única vez. Mas nada impede de o estabelecimento ter parte do mix destinado a esses grupos. Também é importante garantir mais de um produto para cada restrição, para que essas pessoas tenham liberdade de escolha.

Lembre-se de sinalizar no cardápio — por meio de símbolos ou em uma seção especial — quais são esses produtos, e fique atento às legislações específicas para produção de alimentos sem glúten e sem lactose.

Vegetarianos e veganos

Os vegetarianos e veganos compõem um grupo de pessoas que lutam pelos direitos dos animais e, por isso, não consomem alimentos que tenham essa origem.

Os vegetarianos são mais flexíveis. Alguns se alimentam de ovos, leite, queijo e mel, por exemplo. Já os veganos não compactuam com qualquer forma de exploração animal, incluindo roupas e calçados feitos de couro e cosméticos que realizem testes em animais.

Para esse segmento, é preciso ofertar fontes alternativas de proteína para garantir receitas balanceadas e saborosas. Algumas opções são as leguminosas (lentilha, grão-de-bico, ervilha, feijões), cogumelos, vegetais verde-escuro e tofu (queijo de soja).

E não pense que apostar nesse tipo de alimentação é mais caro ou complicado. Basta ter em mente que até mesmo o simples pão francês é um produto vegano. E há até mesmo maneiras muito saudáveis de substituir o ovo e o leite nas receitas de massas e bolos.

Como você viu, oferecer uma alimentação saudável para os clientes é um desafio e tanto, mas tem se tornado cada vez mais fácil. Trata-se de um mercado em plena expansão e quem não se adaptar a ele vai acabar ficando para trás. Se você ainda não tem opções diferenciadas em seu estabelecimento, não espere mais! Comece agora mesmo a colocar essas ideias em prática!

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