Os 3 passos para o preparo e venda de pudins perfeitos

Prática • abr. 19, 2021

Os pudins são doces muito apreciados pelos brasileiros, por conta de sua textura e daquela calda de dar água na boca.  É uma das receitas mais procuradas na internet e uma das mais escolhidas para se fazer em casa e servir no café ou em pequenas festas e reuniões. Isso porque o pudim é um doce lindo e delicioso, que conquista as visitas à primeira vista.

Nas padarias, esse clássico também é um sucesso, por levar poucos ingredientes, vender bastante e ter muito valor agregado. Contudo, vários cuidados devem ser tomados quando decidimos produzir o pudim comercialmente.

Precisamos pensar nos ingredientes, no processo, na escala de produção e em quais equipamentos vamos utilizar.

Continue lendo e descubra tudo que precisa para produzir e vender pudins de máxima qualidade!

1. Escolha da matéria prima

1.1 Leite

O leite é melhor se for integral, já que possui maior teor de proteínas e gorduras e consegue dar ponto e sabor facilmente no banho-maria. Leite semidesnatado ou desnatado costumam deixar o pudim com sabor mais neutro, aparência translúcida e textura mole.

Está liberado utilizar leite condensado quando a receita pede, mas esse precisa ser de boa qualidade; do contrário, o resultado pode não sair como o esperado.

Algumas receitas levam uma pequena quantidade de leite em pó, para deixar mais firme, cremoso, uniforme e estável. Isso porque ele é basicamente só proteína e gordura.

1.2 Ovos

Os ovos devem ser, de preferência frescos e é recomendado sempre quebrá-los um a um, separadamente, para não correr riscos de um ovo estragado acabar afetando os outros.

Quando se produz em maior quantidade, um investimento interessante a se pensar são as versões de gema e claras integrais, vendidas separadamente em embalagens UHT.

Além de seguros por serem pasteurizados e embalados, os ovos em caixa dispensam o trabalho de quebrar e armazenar e evitam as perdas por quebra acidental e o volume de cascas no lixo.

Sobre quantidade, uma lógica interessante é que quanto mais ovo minha receita leva, mais rápido ela ficará estável no forno, mas é preciso tomar cuidado com o excesso, pois o gosto e cheiro de ovo podem sobressair.

1.3 Calda

A calda de caramelo é básica, apenas metade de água para uma medida de açúcar. Por exemplo, para cada 200 gramas de açúcar utilizaremos 100 ml de água.

Apesar de simples, o que complica o processo é ter que fazê-la a toda hora e ter as chances dessa ficar muito espessa ou muito líquida; por isso, recomenda-se produzí-la com antecedência e em grande quantidade.

Dito isso, uma opção interessante é comprá-la em galões de 5 litros, ela já vem do fabricante pronta e no ponto correto, o que economiza tempo, mão de obra, gás e evita sujidades nos equipamentos e utensílios.

1.4 Formas

Para pudins maiores, é aconselhável utilizar as formas de alumínio, devido às características do metal, que permitem a fácil transmissão de calor para o pudim. Além disso, essas formas são mais leves e baratas, principalmente se compradas em grande quantidade em lojas especializadas.

Hipoteticamente, enquanto uma forma de silicone custa R$ 35,00, a de alumínio custa R$ 15,00 no varejo, a diferença de valor, principalmente em larga escala, é enorme.

As de plástico são interessantes para porções menores e individuais, mas é importante que essas sejam resistentes à altas temperaturas —acima de 150 °C, para evitar que derretam em fornos profissionais mais potentes.

Para desenformar, é recomendado o uso de desmoldantes profissionais ou gordura hidrogenada, que fazem com que o pudim saia inteiro e liso, sem grudar ou despedaçar.

2. O processo para pudins perfeito s

2.1 Produção da massa

a) Preparando os ingredientes

Tente trabalhar com os ingredientes mais próximos da temperatura ambiente, para agilizar o processo de assamento.

Aquecer o leite entre 70 °C e 80°C antes de acrescentar os ovos vai fazer com que as proteínas se desnaturem, o que ajuda a gerar um resultado final liso. É importante que ele não esteja fervendo, para não “cozinhar os ovos”, caso contrário, o resultado pode ser um pudim menos cremoso.

Para evitar o cheiro característico de ovo na receita, é bom coá-lo para remover a película e outras partes que não se dissolvem facilmente no batimento. Outra dica para isso pode ser o uso de baunilha e gotas de limão.

b) Batimento

Caso não queira “furinhos” no final, é melhor tomar cuidado no momento do batimento. Utilizar apenas as gemas e operar a batedeira planetária na velocidade baixa são boas soluções para esse problema.

Se você for fazer a calda, é preciso bastante atenção à dosagem, já que ela pode ficar muito grossa e grudar na hora de desenformar, ou muito líquida e se misturar com a massa.

c) Despejando a massa

Na hora de despejar a massa, a calda deve estar fria, para que o pudim não ferva dentro do forno e fique com bolhas de ar. É indicado que a massa seja despejada no cone central fechado da forma, que impede que a massa líquida se misture com a calda.

2.2 Assar

a) Pré-aquecimento

O pré-aquecimento, assim como em outras receitas, é imprescindível. Como há uma troca natural de temperatura com o ambiente, recomenda-se que ele seja feito com 20 graus acima da temperatura desejada, para compensar a temperatura perdida na abertura da porta.

Uma lógica importante é que quanto mais alta a temperatura, mais o pudim “ferve”, ou seja, ficará com bolhas.

Se o desejado é um produto liso, devemos assá-lo abaixo de 100 °C, mas, trabalhando com baixa temperatura o tempo aumenta. Nesse caso, o pré-aquecimento então será de 120 °C.

b) Tempo

Em geral, pudins são produtos demorados mesmo! Podendo gastar de 35 minutos até uma hora e meia ou até duas horas para assar, dependendo do tamanho e da composição. Quanto maior o pudim ou a quantidade de pudins, maior o tempo de forno.

Saberemos que esses estão prontos quando a superfície ficar brilhosa e com aparência de “gelatina”. Espete um palito no centro, se sair limpo, está pronto.

c) Banho Maria

O“banho-maria” deve ser feito nos fornos turbo ou fornos lastro com temperaturas abaixo de 150 °C e um recipiente com água sob as formas.

Para não deixar o pudim com os furinhos, a temperatura da água não pode ultrapassar 100 °C, se isso não for um problema e o objetivo for ganhar tempo, temperaturas maiores podem ser utilizadas.

Outra dica é o uso de papel alumínio sobre as assadeiras, para evitar condensação sobre o mesmo e para que ele cozinhe com o vapor resultante de seus próprios ingredientes.

Agora, se você tem um forno combinado , que trabalha com geração de vapor dentro da própria câmara, o banho maria é dispensável. Outra vantagem deste tipo de forno, é que toda condensação de água sairá pelo dreno do equipamento.

2.3 Resfriamento

Em pudim quente não se mexe, é absolutamente necessário realizar o resfriamento. É comum deixar esfriar em temperatura ambiente e ainda levar à geladeira, para que esse se estabilize completamente antes de retirá-lo da forma, pois, do contrário, ele estará mole e quebrará.

Tenha todo o cuidado e habilidade na hora de retirar da bandeja ou embalagem, para que sua superfície fique íntegra e a calda fique um pouco em cima e escorra perfeitamente pelas laterais.

Existe ainda um método extremamente mais ágil e prático para realizar o resfriamento dos pudins, com o uso do ultracongelador. Continue lendo e confira no nosso próximo tópico.

3. Escolha dos equipamentos para produção de pudins

3.1 Fornos

A diferença entre os profissionais e os domésticos é colossal, isso porque os fornos profissionais, como os da Prática, apresentam diversas vantagens a mais:

– Isolamento térmico e distribuição de calor muito mais eficientes;

– Controle preciso de temperatura;

– Tecnologia de economia de energia (seja elétrica ou gás);

– E o mais importante: são maiores, mais rápidos, mais robustos e entregam qualidade sem igual, o que é ideal para nossa produção e venda estar sempre crescendo e se aprimorando.

É importante destacar esse ponto relacionado à escala de produção, pois, como dito antes, essa escala aumenta bastante quando se torna comercial. Teremos bastantes pedidos e, se não conseguirmos atender a todos, surgirão reclamações e perderemos clientes.

Portanto, precisamos de equipamentos maiores, que comportem mais produtos e, no caso do pudim, isso é extremamente crítico, já que seu tempo de preparo é normalmente bem longo.

3.2 Ultracongelador

Um equipamento que ajuda muito na confeitaria é o ultracongelador , um equipamento que realiza o ultrarresfriamento e o ultracongelamento de alimentos de forma extremamente ágil, com segurança e sem afetar em nada a qualidade dos alimentos.

Esse equipamento, inclusive, ajudará não só nos pudins; se usado sabiamente, ele traz mais produtividade para todo o mix de produtos.

Com ele, podemos ultrarresfriar rapidamente os pudins e desenforma-los sem nenhum problema e em tempo recorde, já que ele trabalha com a temperatura de – 35 °C na câmara e pode baixar a temperatura do pudim a 4 °C em poucos minutos.

Conclusão

Como você pôde notar, produzir pudins comercialmente demanda cuidado aos detalhes, mas o resultado é gratificante para nós, que produzimos e, com certeza, muito mais para nossos clientes, que vão saborear doces perfeitos e sempre disponíveis.

Por fim, lembre-se, seu investimento de hoje será o seu sucesso de amanhã! E aí, gostou do conteúdo?

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O design é uma disciplina que envolve a criação, planejamento e execução de soluções para resolver um problema ou atender a uma necessidade específica. Ele abrange uma ampla variedade de campos e pode ser aplicado a produtos, serviços, ambientes, comunicações e interações. Não se limitando apenas à estética visual, embora isso seja uma parte importante. Ele também considera a funcionalidade, usabilidade, ergonomia e a experiência geral do usuário. O processo geralmente envolve a pesquisa, concepção, prototipagem, testes e implementação. Ele está em diversos aspectos da vida cotidiana, desde a embalagem de produtos que compramos até a interface de aplicativos que usamos e ele pode ser também aplicado nas padarias. Confira nosso conteúdo a seguir e aprenda mais sobre o assunto. Quais os princípios do design? Equilíbrio Simétrico: Distribuição equitativa de elementos de forma semelhante de ambos os lados de um eixo central. Assimétrico: Distribuição equilibrada de elementos visuais sem depender da simetria. Contraste Criação de diferenças visuais entre elementos, como cor, tamanho, forma ou textura, para destacar ou enfatizar. Alinhamento Posicionamento cuidadoso de elementos para garantir uma disposição ordenada e organizada. Repetição Utilização de padrões repetitivos para criar consistência e coesão visual. Ênfase Destaque de elementos importantes para chamar a atenção do espectador. Proporção Relação harmônica entre diferentes partes de um design, contribuindo para uma estética equilibrada. Hierarquia Organização visual de elementos para indicar a importância ou a ordem de leitura. Espaço Gerenciamento eficaz do espaço negativo e positivo para melhorar a legibilidade e a compreensão. Simplicidade Eliminação de elementos desnecessários para criar designs claros e diretos. Coesão Relacionamento visual entre elementos para garantir que o design funcione como uma unidade integrada. O Design aplicado às padarias Ao contrário do que se pensa, estas técnicas não se reservam apenas a projetos de grandes arquitetos mas podem ser perfeitamente aplicadas a todos os negócios e tanto a sua identidade quanto Atração Visual: quando bem pensado pode atrair a atenção, tornando a padaria mais convidativa e aumentando o potencial de atração de novos clientes. Identidade Forte: uma aplicação consistente com logotipos, esquemas de cores e outros elementos que distinguem a padaria no mercado. Experiência do Cliente Aprimorada: um design cuidadoso não se limita apenas à estética, mas também à experiência geral do cliente. Facilidade de Navegação: facilita a navegação dos clientes pela padaria. Isso pode resultar em uma experiência de compra mais agradável e eficiente. Destaque de Produtos: pode ser usado para destacar produtos específicos, promovendo itens. Isso pode influenciar as decisões de compra dos clientes. Credibilidade e Profissionalismo: quando bem executado transmite uma imagem de profissionalismo e atenção aos detalhes, o que pode aumentar a credibilidade. Diferenciação no Mercado: a aplicação eficaz dos princípios pode diferenciar a padaria de seus concorrentes, ajudando-a a se destacar e conquistar uma parcela do mercado. Comunicação Eficaz: sinalizações claras e comunicação visual, facilitam a transmissão de informações, promoções e ofertas especiais. Cuidados com design na padaria Excesso de móveis Estes não devem comprometer o espaço e a circulação dos clientes, e no caso de mesas e cadeiras, devem ser suficientes para acomodá-los. Paisagismo Se há uso de plantas e jardins naturais, estes devem ter rega, limpeza e manutenção constante para permanecerem bonitos. Uso de buffets Estes não devem "roubar" espaço e não prejudicar a circulação. Precisam ser dimensionados conforme a demanda e variedade do cardápio. Mesas e cadeiras extras Havendo falta, reavalie o espaço, remova itens e outros móveis, e disponibilize local para mais destas. Afinal, o cliente é mais importante. Manutenção de fachada Faça limpeza e manutenção periódica da fachada. Iluminação, comunicação visual, contatos, tudo deve estar visível. Exposição de materiais embaixo do balcão Embora possa ser visto como economia e aproveitamento de espaço, prefira manter materiais e embalagens guardados. Iluminação O propósito desta é tornar seu ambiente e produtos visíveis. Reveja o uso desta como decoração. Ademais, ela consome energia elétrica também. Tente usar mais luz natural nos seus projetos. Fotos e imagens Todas as fotos de produtos e decorativas devem estar em bom estado e atualizadas. Dê preferência às de seus próprios produtos. Freezers e geladeiras Devem estar posicionados estrategicamente aos produtos relacionados e ser suficientes para os produtos desejados. Itens e elementos decorativos Devem estar de acordo com o estilo do estabelecimento e não em excesso, desviando a atenção de seus produtos. Os sazonais devem ser removidos assim que passarem as datas comemorativas. Conveniência Concentre-se em itens que vendem juntamente com seus produtos e atendam à demanda dos clientes. Pisos Fique atento ao tipo, limpeza diária e conservação. Sempre que houver danos, programe a manutenção ou troca. Vitrines Estas precisam ser suficientes para variedade de produtos e repostas continuamente. Vitrine vazia não vende. Foco no produto O foco é a venda do que é produzido na padaria. Evite produtos e serviços que não complementem ou não vendam seus produtos. Frente de loja Um conceito que tem auxiliado as padarias, confeitarias e outros empreendimentos do ramo de alimentação é o uso de fornos vitrine na área de vendas. O objetivo desses equipamentos é assar produtos em menor quantidade, mas constantemente e com variedade. Dessa forma, seus clientes verão que há produtos frescos saindo a todo momento, e o aroma de pão é irresistível. Além disso, muitas pessoas desconhecem a fabricação do pão e, mesmo para aqueles que já conhecem, é muito atrativo, e sua padaria certamente chamará a atenção. Outro ponto positivo é que ao assar produtos em menores quantidades, eles se mantêm frescos e ocorre menor desperdício por itens que são assados além do necessário. Sobram, perdem a qualidade gradativamente e, depois, devem ser descartados. Conclusão Em síntese, ao considerarmos a importância do design nas padarias, compreendemos que a estética e a funcionalidade desempenham papéis cruciais na atração e fidelização de clientes. Desde a disposição dos produtos até a escolha de equipamentos como fornos vitrine, o design influencia diretamente na experiência do consumidor. A harmonia visual aliada à praticidade operacional não apenas agrega valor à padaria, mas também cria uma atmosfera convidativa. A implementação cuidadosa do design não só destaca a frescura e a variedade dos produtos, como também reduz desperdícios, promovendo a sustentabilidade no processo. Assim, ao reconhecermos a relevância do design, as padarias não apenas aprimoram seu apelo estético, mas também otimizam operações, conquistando clientes e assegurando um espaço distintivo no mercado gastronômico. E agora que tal aplicar os mesmos conceitos com na exposição de produtos? Clique aqui e veja nosso conteúdo sobre o vitrinismo. 
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