Cardápio: como precificar? Nós te explicamos!

Prática • jul. 03, 2020

Precificar cardápio é uma decisão crucial para qualquer restaurante. A ação envolve a consideração de muitos fatores, incluindo custo de alimentos, mão de obra, concorrência e o que seus clientes-alvo estão dispostos a pagar.

Um bom cardápio, além de ser um diferencial perante a concorrência, também deve manter o negócio lucrativo. Descubra agora o que considerar ao definir o preço do seu menu! Acompanhe a leitura!

Fatores que afetam o preço do cardápio

Antes de conhecer o método de precificação , é necessário se familiarizar com os seguintes conceitos.

Custos diretos

São as despesas diretamente associadas à comida. Isso envolve a compra de alimentos, os custos do transporte, perdas no armazenamento e eventuais desperdícios no preparo.

Custos indiretos

São os demais custos do restaurante , necessários para preparar a refeição — e que agregam valor ao prato. Por exemplo: funcionários, decoração, limpeza, aluguel, iluminação, louças e talheres, marketing etc.

Custos voláteis de alimentos

Esses são os custos de alimentos que estão em variação no mercado. Considere a flutuação de preços de frutas, legumes e carne de acordo com as estações do ano, outros fatores naturais ou devido a razões econômicas, como inflação e impostos.

Concorrência

Não é ideal precificar de acordo com a concorrência , pois precisamos avaliar a realidade interna dos negócios. No entanto, o preço praticado no mercado não deve ser desconsiderado totalmente.

Para os mesmos itens, o preço geralmente deve estar próximo aos demais. Caso seu restaurante queira cobrar mais, deve haver motivos claros para diferenciar sua empresa e justificar os preços.

Por outro lado, tome cuidado com preços abaixo da média. Mesmo que eles estejam de acordo com seu planejamento financeiro, preços baixos podem indicar uma qualidade inferior.

Método prático para precificar cardápio

Agora que você conhece os vários fatores que afetam os preços do menu, conheça alguns passos de precificação para maximizar sua lucratividade.

Determine o custo por porção dos pratos

Descubra quanto custa para seu restaurante fazer uma porção de cada item no menu. Para isso, faça a soma do custo de todos os ingredientes para uma porção . Por exemplo, para servir 12 porções de feijoada em um restaurante, é preciso comprar 1 kg de feijão preto a um preço de 6 reais.

Temos, então, o custo de 50 centavos (6÷12) de feijão por prato. O mesmo cálculo é feito com os demais ingredientes. No final, faça a soma de todos os custos por porção.

Defina a porcentagem de custo dos alimentos

Os restaurantes devem determinar qual a porcentagem que os custos dos alimentos devem ter no preço final — que deve cobrir também todos os custos indiretos. A otimização das porcentagens é responsável por maximizar o lucro do cardápio.

Qual deve ser a porcentagem de custo da comida?

Para administrar um negócio financeiramente saudável, a maioria dos restaurantes mantém o custo da comida entre 25 e 35% do preço do menu. Essa margem é usada em uma variedade de restaurantes, de fast food a refeições requintadas.

Porém, somente você pode determinar sua porcentagem ideal — acompanhando suas finanças e vendo como os clientes respondem aos preços. Veja como:

  • liste todo o estoque recebido no início da semana;
  • encontre o custo de cada item dessa lista;
  • acompanhe as compras feitas na semana que não foram contadas em sua lista original;
  • registre todas as vendas no período;
  • repita o mesmo processo no início da semana seguinte.

Em seguida, use a seguinte fórmula para descobrir a porcentagem atual dos alimentos no preço:

(valor inicial do inventário + compras) – estoque final ÷ valor total de vendas no período. 

Agora, para saber a porcentagem ideal dos alimentos no preço, calcule:

custo total dos alimentos ÷ valor total de vendas.

Como exemplo, digamos que sua porcentagem atual é 38% e a ideal é 30%. Nesse caso, sabemos que o preço final pode ser aumentado. Por isso é importante fazer o cálculo, caso contrário, podemos perder uma oportunidade de maximizar os lucros.

Defina o preço final

Do nosso exemplo da feijoada, o custo total por porção (somando todos os ingredientes) é de 4 reais. O restaurante determinou também que sua margem ideal para comida é de 30%.

Então, quanto a empresa deve cobrar por esse prato, a fim de cobrir despesas gerais e, possivelmente, obter lucro? Para determinar isso, usaremos a fórmula:

custo por porção ÷ porcentagem ideal de custo do alimento.

Com isso, descobrimos que o preço ideal de um prato de feijoada é: R$ 13 (4 ÷ 30%).

Acompanhe o efeito da alteração de preço nas vendas

É fácil pensar que podemos montar o cardápio uma única vez e acabar com o problema. No entanto, se você deseja um restaurante de sucesso, precisa acompanhar os efeitos dos preços nas vendas para determinar se precisa (ou não) realizar ajustes.

Vamos imaginar que o prato de feijoada custava 10 reais e foi ajustado para o preço ideal de 13 reais. Veja, a seguir, dois cenários que ilustram o que poderia ter acontecido.

As vendas aumentaram

Se a aceitação foi positiva, o restaurante pode testar uma margem de custo ainda menor. Os ajustes podem continuar até o mínimo de 25% — onde o preço final seria R$ 16.

As vendas diminuíram

Isso pode significar que o preço é muito alto para os clientes. Podemos então aumentar a porcentagem de custo de alimentos para 35% (o máximo utilizado no mercado). Com isso, o preço do prato seria R$ 11 (4 ÷ 35%).

Essa estratégia pode estimular as vendas, no entanto, deve-se analisar se a receita total está cobrindo todas as despesas do negócio e ainda gerando lucro. Se a empresa estiver no vermelho, temos algumas opções:

Depois de encontrar uma fórmula básica para determinar os custos de alimentos, um software de gestão de restaurante pode manter os preços atualizados automaticamente. Existem também outras formas de definir preços, optamos por explicar uma bastante comum e que pode ajudar muitos profissionais.

Precificar cardápio de forma incorreta pode destruir ou limitar a operação. Por isso, não poupe esforços para encontrar o equilíbrio entre lucro e vendas — onde os pratos são rentáveis para a empresa e populares entre os clientes.

Quer descobrir outras maneiras de manter a lucratividade do negócio? Veja agora mesmo, então, as 4 melhores dicas para aprimorar sua gestão financeira!

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O design é uma disciplina que envolve a criação, planejamento e execução de soluções para resolver um problema ou atender a uma necessidade específica. Ele abrange uma ampla variedade de campos e pode ser aplicado a produtos, serviços, ambientes, comunicações e interações. Não se limitando apenas à estética visual, embora isso seja uma parte importante. Ele também considera a funcionalidade, usabilidade, ergonomia e a experiência geral do usuário. O processo geralmente envolve a pesquisa, concepção, prototipagem, testes e implementação. Ele está em diversos aspectos da vida cotidiana, desde a embalagem de produtos que compramos até a interface de aplicativos que usamos e ele pode ser também aplicado nas padarias. Confira nosso conteúdo a seguir e aprenda mais sobre o assunto. Quais os princípios do design? Equilíbrio Simétrico: Distribuição equitativa de elementos de forma semelhante de ambos os lados de um eixo central. Assimétrico: Distribuição equilibrada de elementos visuais sem depender da simetria. Contraste Criação de diferenças visuais entre elementos, como cor, tamanho, forma ou textura, para destacar ou enfatizar. Alinhamento Posicionamento cuidadoso de elementos para garantir uma disposição ordenada e organizada. Repetição Utilização de padrões repetitivos para criar consistência e coesão visual. Ênfase Destaque de elementos importantes para chamar a atenção do espectador. Proporção Relação harmônica entre diferentes partes de um design, contribuindo para uma estética equilibrada. Hierarquia Organização visual de elementos para indicar a importância ou a ordem de leitura. Espaço Gerenciamento eficaz do espaço negativo e positivo para melhorar a legibilidade e a compreensão. Simplicidade Eliminação de elementos desnecessários para criar designs claros e diretos. Coesão Relacionamento visual entre elementos para garantir que o design funcione como uma unidade integrada. O Design aplicado às padarias Ao contrário do que se pensa, estas técnicas não se reservam apenas a projetos de grandes arquitetos mas podem ser perfeitamente aplicadas a todos os negócios e tanto a sua identidade quanto Atração Visual: quando bem pensado pode atrair a atenção, tornando a padaria mais convidativa e aumentando o potencial de atração de novos clientes. Identidade Forte: uma aplicação consistente com logotipos, esquemas de cores e outros elementos que distinguem a padaria no mercado. Experiência do Cliente Aprimorada: um design cuidadoso não se limita apenas à estética, mas também à experiência geral do cliente. Facilidade de Navegação: facilita a navegação dos clientes pela padaria. Isso pode resultar em uma experiência de compra mais agradável e eficiente. Destaque de Produtos: pode ser usado para destacar produtos específicos, promovendo itens. Isso pode influenciar as decisões de compra dos clientes. Credibilidade e Profissionalismo: quando bem executado transmite uma imagem de profissionalismo e atenção aos detalhes, o que pode aumentar a credibilidade. Diferenciação no Mercado: a aplicação eficaz dos princípios pode diferenciar a padaria de seus concorrentes, ajudando-a a se destacar e conquistar uma parcela do mercado. Comunicação Eficaz: sinalizações claras e comunicação visual, facilitam a transmissão de informações, promoções e ofertas especiais. Cuidados com design na padaria Excesso de móveis Estes não devem comprometer o espaço e a circulação dos clientes, e no caso de mesas e cadeiras, devem ser suficientes para acomodá-los. Paisagismo Se há uso de plantas e jardins naturais, estes devem ter rega, limpeza e manutenção constante para permanecerem bonitos. Uso de buffets Estes não devem "roubar" espaço e não prejudicar a circulação. Precisam ser dimensionados conforme a demanda e variedade do cardápio. Mesas e cadeiras extras Havendo falta, reavalie o espaço, remova itens e outros móveis, e disponibilize local para mais destas. Afinal, o cliente é mais importante. Manutenção de fachada Faça limpeza e manutenção periódica da fachada. Iluminação, comunicação visual, contatos, tudo deve estar visível. Exposição de materiais embaixo do balcão Embora possa ser visto como economia e aproveitamento de espaço, prefira manter materiais e embalagens guardados. Iluminação O propósito desta é tornar seu ambiente e produtos visíveis. Reveja o uso desta como decoração. Ademais, ela consome energia elétrica também. Tente usar mais luz natural nos seus projetos. Fotos e imagens Todas as fotos de produtos e decorativas devem estar em bom estado e atualizadas. Dê preferência às de seus próprios produtos. Freezers e geladeiras Devem estar posicionados estrategicamente aos produtos relacionados e ser suficientes para os produtos desejados. Itens e elementos decorativos Devem estar de acordo com o estilo do estabelecimento e não em excesso, desviando a atenção de seus produtos. Os sazonais devem ser removidos assim que passarem as datas comemorativas. Conveniência Concentre-se em itens que vendem juntamente com seus produtos e atendam à demanda dos clientes. Pisos Fique atento ao tipo, limpeza diária e conservação. Sempre que houver danos, programe a manutenção ou troca. Vitrines Estas precisam ser suficientes para variedade de produtos e repostas continuamente. Vitrine vazia não vende. Foco no produto O foco é a venda do que é produzido na padaria. Evite produtos e serviços que não complementem ou não vendam seus produtos. Frente de loja Um conceito que tem auxiliado as padarias, confeitarias e outros empreendimentos do ramo de alimentação é o uso de fornos vitrine na área de vendas. O objetivo desses equipamentos é assar produtos em menor quantidade, mas constantemente e com variedade. Dessa forma, seus clientes verão que há produtos frescos saindo a todo momento, e o aroma de pão é irresistível. Além disso, muitas pessoas desconhecem a fabricação do pão e, mesmo para aqueles que já conhecem, é muito atrativo, e sua padaria certamente chamará a atenção. Outro ponto positivo é que ao assar produtos em menores quantidades, eles se mantêm frescos e ocorre menor desperdício por itens que são assados além do necessário. Sobram, perdem a qualidade gradativamente e, depois, devem ser descartados. Conclusão Em síntese, ao considerarmos a importância do design nas padarias, compreendemos que a estética e a funcionalidade desempenham papéis cruciais na atração e fidelização de clientes. Desde a disposição dos produtos até a escolha de equipamentos como fornos vitrine, o design influencia diretamente na experiência do consumidor. A harmonia visual aliada à praticidade operacional não apenas agrega valor à padaria, mas também cria uma atmosfera convidativa. A implementação cuidadosa do design não só destaca a frescura e a variedade dos produtos, como também reduz desperdícios, promovendo a sustentabilidade no processo. Assim, ao reconhecermos a relevância do design, as padarias não apenas aprimoram seu apelo estético, mas também otimizam operações, conquistando clientes e assegurando um espaço distintivo no mercado gastronômico. E agora que tal aplicar os mesmos conceitos com na exposição de produtos? Clique aqui e veja nosso conteúdo sobre o vitrinismo. 
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