Tipos de massas da panificação: veja alguns deles

Prática • mai. 26, 2021

Existem diferentes tipos de massas na panificação, e os profissionais que trabalham nessa área devem estar bem-informados sobre as diferenças. Devido à variedade, as formas de preparo são diferentes, assim como os insumos utilizados.

O que garante a satisfação dos clientes é um bom preparo dos alimentos. No entanto, nem sempre os técnicos em panificação conhecem todas as maneiras de fazer algumas receitas. Pensando nessas circunstâncias, vamos tratar dos pontos de atenção ao trabalhar com as massas.

Embora existam inúmeros tipos, selecionamos as principais massas utilizadas em padarias e redes de restaurante. Confira as especificações e como utilizá-las do jeito certo, neste post. Boa leitura!

Quais são os tipos de massas da panificação?

Com uma gama de massas à disposição dos padeiros e confeiteiros, é importante estar atento às particularidades de cada uma. Ao estar ciente dessas informações, o processo de produção vai ser ainda mais proveitoso e seguro, pois, dessa forma, conseguimos evitar o desperdício de alimentos e produzir comida de qualidade.

Sem mais delongas, vamos conhecer os 10 tipos de massas de panificação!

1. Massa Salgada

A massa salgada é fabricada apenas com farinha, água, sal e fermento. No processo de assar, é imprescindível ter a presença do vapor de água, em pequena quantidade, assim que o pão entrar no forno.

Dessa forma, a massa fica com uma casca com boa coloração e textura. A hidratação deve ser menor que 75% por quilo de farinha, pois esses são pães básicos e que fermentam rapidamente.

2. Massas de alta hidratação

Essas massas são ideais para pães de massa salgada, com uma hidratação superior a 75% por quilo de farinha. Elas envolvem fermentações longas e refrigeradas por mais de 12 horas, sendo mais elaboradas, complexas, ricas em aroma, sabor, textura e de altíssimo valor agregado.

É uma opção rentável, já que permite a criação de muitos produtos, como baguetes, com menos quilos de farinha.

3. Massas com fermentação natural

São massas de pães fermentados seguindo a cultura de leveduras e bactérias naturais presentes na farinha, na água e no ambiente, além daquelas provenientes da própria manipulação.

Esses microrganismos são naturais e benéficos. Assim que o pão é assado em temperaturas acima de 150 ºC, eles são mortos, ou seja, não passam para o trato gastrointestinal.

Os pães de massas com fermentação natural tendem a ser mais densos do que aqueles feitos com o fermento biológico. O sabor, a cor, a textura e o aroma são inconfundíveis e podem ser personalizados de acordo com o estilo dos profissionais. Por essa razão, é difícil que as receitas sejam copiadas pela concorrência.

4. Massas de fermentação longa

Essas massas são muito aeradas e têm formação de grandes alvéolos, com muito volume, sabor, cor, textura e aroma.

Entretanto, esse é um dos tipos de massas que requer um cuidado especial, pois o pão excessivamente fermentado pode ficar muito ácido e azedo. A aparência e o desenvolvimento também podem ser prejudicados por qualquer descuido.

A massa de fermentação longa não significa que ela passou do ponto. Na verdade, quando isso acontece, ela perde muito volume e fica com uma aparência enrugada.

Uma fermentação com mais de 24 horas de duração serve para o preparo de produtos de maior valor agregado e que podem ou não serem confeccionados com farinhas especiais.

5. Massas doces

Essas massas são feitas com ovos, gorduras (como manteiga, margarina ou banha), leite e alto teor de açúcar. São utilizadas na panificação de pães doces e são chamadas de massas ricas, porque é preciso de muitos ingredientes para fazê-la.

Muitos insumos podem ser utilizados na massa doce, seja para fazer cobertura ou recheio, e elas originam uma variedade de produtos.

6. Massas semidoces

É um tipo de massa feita com um pouco de açúcar, mas não o suficiente para ficar com sabor doce. O açúcar proporciona maciez e sabor leve ao produto, e pode estar acompanhado de ovos, leite ou gordura em algumas receitas.

Ela é frequentemente utilizada em salgados assados, pois é fácil de modelar. O resultado é uma massa macia, como aquelas usadas para fazer esfiha fechada.

7. Massa folhada

Essa massa, que é laminada com gordura entre as camadas, pode ser fermentada para aumentar o efeito de crescimento. É a massa do croissant francês tradicional, mas pode ser utilizada em diversas receitas.

Esse preparo requer o uso de uma laminadora, um equipamento que facilita muito o processo de laminação da massa, substituindo o conhecido trabalho manual feito à rolo.

8. Massa podre ou semipodre

O nome dessa massa não tem nada a ver com o seu sabor ou preparo. Afinal, estamos nos referindo a uma massa deliciosa, confeccionada à base de farinha e gordura, com ou sem água ou leite.

É a massa utilizada para fazer empada, mas ela pode ser alterada e utilizada em outras receitas, como tortas e empadões.

9. Massas de baixa hidratação

São aquelas que levam menos de 65% de água por quilo de farinha, comuns em pães mais densos e fechados, como os pães sovados no cilindro de padaria, além dos pães de semolina grandes e de outras receitas típicas da América Latina.

10. Massa de pizza

A pizza também é um tipo de pão , mas chato e com recheio em cima. Embora tenha se tornado um produto totalmente independente, ela é caracterizada por ser massa menos hidratada. Além disso, há o uso de azeite e farinhas que deixam a massa mais crocante e com alta extensibilidade.

Como preparar os diferentes tipos de massa?

Como vimos, cada tipo de massa requer um processo de preparo diferente. Vale lembrar que, em geral, elas são feitas utilizando os equipamentos regulares de padaria. A única exceção é a massa dos folhados, que precisa de um equipamento específico: a laminadora.

Quais cuidados os profissionais devem tomar?

Esses profissionais devem ter cuidado com a quantidade de insumos ao preparar as massas, afinal, como em toda receita, há uma medida exata que deve ser seguida.

Além disso, a temperatura dos ingredientes influencia no desenvolvimento da massa. Por isso, é preciso tomar bastante cuidado para que ela não fermente de forma precoce, seguindo sempre a receita com precisão.

É preciso, também, utilizar os equipamentos certos ao fazer as receitas com essas massas para a padaria, tendo em mente que somente as grandes marcas oferecem materiais adequados para os padeiros e confeiteiros.

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Neste post, vimos quais são os principais tipos de massas. Aproveite as nossas dicas para utilizar essas variedades nas receitas do seu estabelecimento.

Por fim, veja sobre os pães doces e também os 7 cuidados na produção de pães artesanais. Continue a leitura.

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O design é uma disciplina que envolve a criação, planejamento e execução de soluções para resolver um problema ou atender a uma necessidade específica. Ele abrange uma ampla variedade de campos e pode ser aplicado a produtos, serviços, ambientes, comunicações e interações. Não se limitando apenas à estética visual, embora isso seja uma parte importante. Ele também considera a funcionalidade, usabilidade, ergonomia e a experiência geral do usuário. O processo geralmente envolve a pesquisa, concepção, prototipagem, testes e implementação. Ele está em diversos aspectos da vida cotidiana, desde a embalagem de produtos que compramos até a interface de aplicativos que usamos e ele pode ser também aplicado nas padarias. Confira nosso conteúdo a seguir e aprenda mais sobre o assunto. Quais os princípios do design? Equilíbrio Simétrico: Distribuição equitativa de elementos de forma semelhante de ambos os lados de um eixo central. Assimétrico: Distribuição equilibrada de elementos visuais sem depender da simetria. Contraste Criação de diferenças visuais entre elementos, como cor, tamanho, forma ou textura, para destacar ou enfatizar. Alinhamento Posicionamento cuidadoso de elementos para garantir uma disposição ordenada e organizada. Repetição Utilização de padrões repetitivos para criar consistência e coesão visual. Ênfase Destaque de elementos importantes para chamar a atenção do espectador. Proporção Relação harmônica entre diferentes partes de um design, contribuindo para uma estética equilibrada. Hierarquia Organização visual de elementos para indicar a importância ou a ordem de leitura. Espaço Gerenciamento eficaz do espaço negativo e positivo para melhorar a legibilidade e a compreensão. Simplicidade Eliminação de elementos desnecessários para criar designs claros e diretos. Coesão Relacionamento visual entre elementos para garantir que o design funcione como uma unidade integrada. O Design aplicado às padarias Ao contrário do que se pensa, estas técnicas não se reservam apenas a projetos de grandes arquitetos mas podem ser perfeitamente aplicadas a todos os negócios e tanto a sua identidade quanto Atração Visual: quando bem pensado pode atrair a atenção, tornando a padaria mais convidativa e aumentando o potencial de atração de novos clientes. Identidade Forte: uma aplicação consistente com logotipos, esquemas de cores e outros elementos que distinguem a padaria no mercado. Experiência do Cliente Aprimorada: um design cuidadoso não se limita apenas à estética, mas também à experiência geral do cliente. Facilidade de Navegação: facilita a navegação dos clientes pela padaria. Isso pode resultar em uma experiência de compra mais agradável e eficiente. Destaque de Produtos: pode ser usado para destacar produtos específicos, promovendo itens. Isso pode influenciar as decisões de compra dos clientes. Credibilidade e Profissionalismo: quando bem executado transmite uma imagem de profissionalismo e atenção aos detalhes, o que pode aumentar a credibilidade. Diferenciação no Mercado: a aplicação eficaz dos princípios pode diferenciar a padaria de seus concorrentes, ajudando-a a se destacar e conquistar uma parcela do mercado. Comunicação Eficaz: sinalizações claras e comunicação visual, facilitam a transmissão de informações, promoções e ofertas especiais. Cuidados com design na padaria Excesso de móveis Estes não devem comprometer o espaço e a circulação dos clientes, e no caso de mesas e cadeiras, devem ser suficientes para acomodá-los. Paisagismo Se há uso de plantas e jardins naturais, estes devem ter rega, limpeza e manutenção constante para permanecerem bonitos. Uso de buffets Estes não devem "roubar" espaço e não prejudicar a circulação. Precisam ser dimensionados conforme a demanda e variedade do cardápio. Mesas e cadeiras extras Havendo falta, reavalie o espaço, remova itens e outros móveis, e disponibilize local para mais destas. Afinal, o cliente é mais importante. Manutenção de fachada Faça limpeza e manutenção periódica da fachada. Iluminação, comunicação visual, contatos, tudo deve estar visível. Exposição de materiais embaixo do balcão Embora possa ser visto como economia e aproveitamento de espaço, prefira manter materiais e embalagens guardados. Iluminação O propósito desta é tornar seu ambiente e produtos visíveis. Reveja o uso desta como decoração. Ademais, ela consome energia elétrica também. Tente usar mais luz natural nos seus projetos. Fotos e imagens Todas as fotos de produtos e decorativas devem estar em bom estado e atualizadas. Dê preferência às de seus próprios produtos. Freezers e geladeiras Devem estar posicionados estrategicamente aos produtos relacionados e ser suficientes para os produtos desejados. Itens e elementos decorativos Devem estar de acordo com o estilo do estabelecimento e não em excesso, desviando a atenção de seus produtos. Os sazonais devem ser removidos assim que passarem as datas comemorativas. Conveniência Concentre-se em itens que vendem juntamente com seus produtos e atendam à demanda dos clientes. Pisos Fique atento ao tipo, limpeza diária e conservação. Sempre que houver danos, programe a manutenção ou troca. Vitrines Estas precisam ser suficientes para variedade de produtos e repostas continuamente. Vitrine vazia não vende. Foco no produto O foco é a venda do que é produzido na padaria. Evite produtos e serviços que não complementem ou não vendam seus produtos. Frente de loja Um conceito que tem auxiliado as padarias, confeitarias e outros empreendimentos do ramo de alimentação é o uso de fornos vitrine na área de vendas. O objetivo desses equipamentos é assar produtos em menor quantidade, mas constantemente e com variedade. Dessa forma, seus clientes verão que há produtos frescos saindo a todo momento, e o aroma de pão é irresistível. Além disso, muitas pessoas desconhecem a fabricação do pão e, mesmo para aqueles que já conhecem, é muito atrativo, e sua padaria certamente chamará a atenção. Outro ponto positivo é que ao assar produtos em menores quantidades, eles se mantêm frescos e ocorre menor desperdício por itens que são assados além do necessário. Sobram, perdem a qualidade gradativamente e, depois, devem ser descartados. Conclusão Em síntese, ao considerarmos a importância do design nas padarias, compreendemos que a estética e a funcionalidade desempenham papéis cruciais na atração e fidelização de clientes. Desde a disposição dos produtos até a escolha de equipamentos como fornos vitrine, o design influencia diretamente na experiência do consumidor. A harmonia visual aliada à praticidade operacional não apenas agrega valor à padaria, mas também cria uma atmosfera convidativa. A implementação cuidadosa do design não só destaca a frescura e a variedade dos produtos, como também reduz desperdícios, promovendo a sustentabilidade no processo. Assim, ao reconhecermos a relevância do design, as padarias não apenas aprimoram seu apelo estético, mas também otimizam operações, conquistando clientes e assegurando um espaço distintivo no mercado gastronômico. E agora que tal aplicar os mesmos conceitos com na exposição de produtos? Clique aqui e veja nosso conteúdo sobre o vitrinismo. 
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