Neste dia 02 de janeiro, celebramos o dia do profissional de confeitaria. Especializados na preparação e decoração de sobremesas, bolos, tortas, doces e outros produtos, seu trabalho envolve habilidades específicas na manipulação de ingredientes, para criar sobremesas deliciosas e visualmente atraentes.
Suas responsabilidades incluem a elaboração de receitas, a preparação e a decoração final dos produtos. Eles atuam em padarias, lojas específicas, restaurantes, hotéis ou até mesmo em seus próprios negócios. Além disso muitas vezes precisam ter um olhar artístico e se manter criativos sempre!
Vamos conhecer um pouco sobre a história desta profissão e o papel das mulheres no desenvolvimento deste segmento. Confira!
A confeitaria remonta a tempos antigos, com evidências de técnicas de preparação de doces e sobremesas encontradas em várias culturas ao redor do mundo.
No Egito Antigo, já existiam técnicas de produção de doces usando mel e frutas secas, enquanto os gregos antigos também tinham uma tradição de fazer bolos e doces.
Os romanos, eram conhecidos por suas habilidades na produção de doces, usando mel, frutas e nozes em várias receitas, as quais eram ostentadas como sinal de riqueza nos banquetes da elite.
Durante a Idade Média, as técnicas continuaram a se desenvolver na Europa, mas ainda baseada no mel e frutas como adoçantes e reservada à nobreza.
O Renascimento trouxe ingredientes exóticos, como baunilha, chocolate e açúcar refinado, enriquecendo ainda mais as tradições.
E não podemos nos esquecer do chocolate, que tem origens nas civilizações antigas da América Central, onde os povos mesoamericanos cultivavam o cacaueiro. Após a chegada dos espanhóis no século XVI, ele foi introduzido na Europa, passando por adaptações em sua preparação.
Ao longo dos séculos, o chocolate tornou-se uma iguaria global, desempenhando um papel significativo na confeitaria. Sua versatilidade inspirou uma variedade de criações deliciosas e é uma peça fundamental na arte da confeitaria.
Nos séculos XVII e XVIII, com a popularização do açúcar, surgiram as primeiras receitas de bolos e tortas mais semelhantes ao que conhecemos hoje, mas estas ainda eram reservadas à realeza e nobreza. Até que com a Revolução Francesa, os doces caíram nas graças da burguesia, nova classe ascendente.
Durante a Revolução Industrial no século XIX, a produção em massa de açúcar e farinha tornou-se mais acessível, permitindo que os doces se tornassem uma parte mais comum da cultura alimentar.
Neste período em que as primeiras confeitarias passaram a ter lojas dedicadas em vários países da Europa, seu estilo e tradição ainda são mantidos em muitos desses locais.
No século XX, a confeitaria moderna floresceu com o desenvolvimento de utensílios de cozinha especializados, técnicas avançadas e a ascensão de profissionais famosos.
A confeitaria francesa, por exemplo, tornou-se renomada em todo o mundo. Atualmente, é uma combinação de tradições antigas e inovações modernas, refletindo a influência de diversas culturas ao longo dos séculos.
Hoje, a confeitaria internacional é um universo de culturas, influências, cores, sabores e tendências em todo o mundo, sendo uma presença indiscutível no mundo digital, especialmente nas redes.
Desde a Antiguidade, era-se exigida a habilidade de ser produzir pratos, tanto salgados quanto doces, dos cozinheiros. Dessa forma, não existia diferença entre ele e o confeiteiro.
Não existia “a sobremesa” como a conhecemos hoje. Iguarias doces eram servidas junto com as salgadas à mesa e os convidados se serviam de ambas e esta tradição ainda é observada em muitas mesas pelo mundo.
O padeiro por sua vez já usufruía desta distinção, contudo, dele também se era exigido o preparo de versões doces dos pães. Algumas receitas da confeitaria, tem parentesco distante com as criações dos padeiros antigos.
Na Idade Média, dentro das cozinhas da alta nobreza, a divisão de tarefas forçou esta distinção entre o cozinheiro, padeiro e profissional de confeitaria. Nestas os primeiros profissionais, se dedicavam à criação de verdadeiras obras de arte comestíveis. Esta subdivisão de tarefas, estendeu-se pelo Renascimento até o século XVIII, quando dentro das cozinhas, já estava bem estabelecida.
A Revolução Francesa, por sua vez, promoveu o “desmonte” das cozinhas da nobreza e muitos profissionais se viram forçados a trabalhar para a nova burguesia ou abrirem seus próprios negócios nas cidades.
Do século XIX até a atualidade, a confeitaria se estabeleceu como ramo distinto, altamente especializado e muito lucrativo.
Neste dia do profissional de confeitaria, é impossível não falar delas: as confeiteiras de todo mundo!
Elas desempenham um papel significativo na história e na evolução do ramo. É importante ressaltar que elas sempre estiveram presentes, tanto nos próprios lares quanto nas cozinhas da realeza. Muitas vezes sob ordens de chefs do sexo masculino, elas já executavam estes e outros tipos de preparos.
Mantendo tradições transmitidas por gerações, seja em contextos familiares ou como artesãs locais, contribuindo para a preservação de receitas e técnicas tradicionais.
A confeitaria desempenha um papel social incrível, pois formal ou informalmente, são incontáveis os profissionais que vivem da produção de doces e bolos em suas residências. Essa atividade complementa a renda familiar e, em alguns casos, serve como base para o sustento da casa e para a criação e educação dos filhos.
No período colonial, com a produção local do açúcar da cana e influenciadas pela doçaria portuguesa e africana, as escravas, responsáveis por cozinhar para os senhores, passaram a vender doces com ingredientes do nosso país pelas ruas como forma de comprarem, inclusive, sua liberdade e obterem independência financeira.
Essas mulheres não apenas desempenharam um papel importante na produção e venda de doces, mas também ajudaram a adaptar receitas, contribuindo para a criação de boa parte dos doces típicos brasileiros que, hoje em dia, fazem parte dos quitutes de cada região e lar. Avós, mães, filhas e netas, herdeiras da cozinha colonial e transmitiram essas receitas de geração em geração.
Nossos doces típicos se estabeleceram nas vitrines das padarias e confeitarias, nacional ou regionalmente, tornando-se emblemáticos para o mundo todo. É importante lembrar que a imigração de povos de todo o mundo também influenciou nossa doçaria. Hoje, em uma padaria brasileira, você pode encontrar doces que têm origem em diferentes países.
Nas últimas décadas, houve um aumento notável do número de mulheres ingressando na profissão. Mulheres talentosas têm alcançado posições de destaque em cozinhas renomadas e competições culinárias, demonstrando habilidades excepcionais na criação de sobremesas elaboradas e inovadoras.
Muitas mulheres têm sido figuras influentes na promoção da culinária caseira. Com blogs, livros de receitas e canais online, elas compartilham suas experiências e receitas, inspirando uma geração de entusiastas em todo o mundo.
Mulheres empreendedoras têm fundado suas próprias confeitarias e negócios relacionados, contribuindo para a diversidade e riqueza do mercado. Essas empreendedoras muitas vezes introduzem novas abordagens criativas e produtos exclusivos.
Algumas mulheres têm desempenhado papéis importantes na educação e mentoria, compartilhando conhecimentos e orientando a próxima geração de confeiteiros. Elas têm contribuído para a formação de talentos e a disseminação de técnicas inovadoras.
Chefes confeiteiras renomadas internacionalmente e muitas outras, têm demonstrado excelência e conquistado reconhecimento por suas habilidades excepcionais.
Elas frequentemente são reconhecidas por sua criatividade e inovação e introduzem novas abordagens estéticas, técnicas e combinações de sabores, contribuindo para a evolução constante como uma forma de arte culinária.
Também é bom lembrarmos do trabalho realizado por escolas, associações e instituições de ensino e inúmeros profissionais que se dedicam a compartilhar conhecimento. Estes desempenham um papel crucial na evolução da confeitaria no Brasil e no exterior, oferecendo educação especializada, treinamento e suporte técnico.
Essas entidades abordam aspectos teóricos e práticos, capacitando profissionais para os desafios do setor. Além disso, promovem a inovação e a disseminação de novas técnicas e recursos, proporcionando a formação de novos profissionais e um ambiente propício para a troca de ideias e experiências.
O constante desenvolvimento de matérias-primas específicas é um reflexo desse progresso, oferecido pela indústria e mercado, mantendo aqueles que atuam neste ramo sempre atualizados e impulsionando a evolução contínua do setor.
Da mesma forma, a evolução da tecnologia aplicada à confeitaria ao longo dos anos ressalta a importância de equipamentos específicos e processos que facilitem ainda mais a operação e o trabalho, além de ampliar a lucratividade. Só para ilustrar, o processo de ultracongelamento, é plenamente aplicável em todas as etapas da confeitaria e seus setores.
Em conclusão, o dia do profissional de confeitaria é uma celebração justa e merecida para homenagear todos aqueles que desempenham um papel essencial na criação de delícias doces.
Reconhecemos não apenas a maestria, mas também a paixão, dedicação e contribuição inestimável nesse universo. Eles continuam a moldar novos caminhos, inspirando gerações presentes e futuras a apreciarem não apenas o sabor, mas também a arte por trás de cada criação.
Expressamos nossa gratidão a todos os profissionais! Feliz dia do profissional de confeitaria!
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