A nova era do trigo brasileiro por Kênia Meneguzzi

O trigo brasileiro em foco com Kênia Meneguzzi
Muito além dos antigos mitos que ainda pairam sobre o trigo nacional, uma nova realidade vem ganhando força — e muitos empreendedores do setor de panificação ainda não conhecem seu verdadeiro potencial.
O Brasil já produz cultivares altamente competitivos, com desempenho comprovado em diversos segmentos industriais, inclusive nos mais exigentes, como a panificação artesanal e a fabricação de pães congelados.
Nesta entrevista exclusiva, conversamos com Kênia Meneguzzi, uma especialista brasileiras no assunto. Engenheira de Alimentos, administradora e com mais de uma década de experiência em melhoramento genético de trigo, Kênia atuou diretamente na avaliação de cultivares, qualidade industrial e desenvolvimento de negócios estratégicos na GDM/Biotrigo.
Atualmente, está à frente da implantação da primeira indústria de glúten vital do Brasil, na Be8 — um marco para a cadeia produtiva do trigo.
Ao longo da conversa, Kênia compartilha análises valiosas sobre os avanços do trigo nacional nas últimas décadas, o papel essencial da biotecnologia, a expansão estratégica no Cerrado, as exigências técnicas da panificação moderna e os desafios ainda presentes na percepção de qualidade da farinha brasileira.
Se você atua no setor de panificação e busca aprofundar sua compreensão sobre o potencial do trigo produzido no Brasil — e como ele pode se tornar uma vantagem competitiva para seu negócio — não perca esta entrevista.
1. A biotecnologia tem desempenhado um papel central nos avanços do trigo nacional?
Sem dúvida. A biotecnologia tem sido uma das grandes responsáveis pela evolução do trigo brasileiro nas últimas décadas.
Tive vivência direta em programas de melhoramento genético, atuando na interface entre pesquisa, qualidade industrial e validação de novos cultivares em ambientes produtivos reais.
Essa experiência me permitiu acompanhar de perto como o uso de ferramentas como seleção assistida por marcadores, análise genômica e testes moleculares tem acelerado significativamente o desenvolvimento de materiais superiores.
É importante destacar que aqui não estamos falando de cultivares geneticamente modificados.
Trata-se de melhoramento genético tradicional — baseado em cruzamentos naturais e seleção das melhores características — que tem permitido avanços consistentes sem o uso de transgenia.
Os ganhos mais expressivos se traduzem em cultivares mais produtivos, com maior resistência a doenças e qualidade de proteína compatível com diferentes usos industriais.
No Sul do Brasil, que concentra a maior produção nacional, a biotecnologia tem contribuído para o desenvolvimento de cultivares mais tolerantes às variações climáticas e sanitárias da região.
Já no Cerrado, as inovações viabilizaram a expansão da cultura com materiais adaptados a estresses térmicos e hídricos, ampliando o mapa de produção do país.
Além dos ganhos agronômicos, a biotecnologia tem permitido a criação de cultivares alinhados às demandas do mercado, com especificações voltadas a nichos como panificação artesanal, massas premium, fermentação natural e biscoitos industriais.
Isso torna o trigo brasileiro cada vez mais competitivo e diversificado, reforçando sua posição na cadeia de valor dos alimentos.
2. Como você avalia a evolução do trigo no Brasil nos últimos 20 anos? Quais são as tendências para o trigo brasileiro nos próximos 5 a 10 anos?
A evolução do trigo no Brasil nas últimas duas décadas foi significativa. Saímos de um cenário em que as cultivares disponíveis resultavam em farinhas com baixa qualidade tecnológica para o principal uso industrial — a panificação — e muitas vezes estavam aquém das exigências do setor moageiro.
Hoje, alcançamos um patamar em que contamos com cultivares nacionais com alta produtividade, resistência a doenças e qualidade industrial adequada a diferentes nichos de mercado.
Historicamente, o melhoramento genético de trigo se baseia em três pilares: segurança (resistência a doenças), produtividade e qualidade.
No passado, o foco do produtor estava principalmente nos dois primeiros.
Atualmente, com o avanço das ferramentas de seleção e o maior entendimento do uso final da farinha, a qualidade passou a acompanhar essa escolha, sendo uma entrega estratégica dos programas de melhoramento.
Nos últimos 12 anos, houve uma clara evolução no direcionamento para atender ao maior mercado consumidor do Brasil: a panificação.
Segundo dados da ABITRIGO, em 2024, cerca de 46% das 13.200.000 toneladas de trigo moídas no país foram destinadas à produção de pães — incluindo panificação tradicional, pré-misturas, pães industriais e pães congelados.
Apenas os pães congelados representam cerca de 10% desse volume, o que evidencia a força desse segmento.
Além da panificação, há um esforço crescente para atender nichos como biscoitos, massas e panificação artesanal.
Cada um desses mercados tem especificações próprias. Por exemplo, farinhas para biscoitos requerem menor força, menor estabilidade e menor absorção de água.
Essa diferenciação começa já no momento do recebimento do trigo, nas cooperativas ou cerealistas, onde ocorre a primeira triagem da matéria-prima com base no uso pretendido — por meio da segregação de cultivares com características específicas.
O Cerrado tem se consolidado como uma nova fronteira produtiva do trigo nacional, com destaque não apenas para o volume produzido, mas para a qualidade.
Muitos materiais desenvolvidos para a região apresentam alto teor de proteína e excelente qualidade industrial, sendo adequados para uso em panificação — algo fundamental para reduzir a dependência de importações.
No Sul do Brasil, o avanço também é marcante. Em Passo Fundo (RS), está sendo implantada a primeira indústria de glúten vital do país, um marco para o setor de ingredientes e para a agregação de valor ao trigo nacional.
Além disso, o uso do trigo para a produção de etanol — uma tecnologia que aproveita trigos que não atendem a usos alimentícios — abre uma nova frente de demanda, com potencial para absorver volumes expressivos e gerar impacto direto na ampliação da área cultivada.
Para os próximos anos, vejo como tendências a consolidação do trigo tropical, o fortalecimento da rastreabilidade e a valorização da origem.
O Brasil também tem condições reais de se tornar um exportador relevante — não de excedentes de baixa qualidade, mas de trigos com elevado teor de proteína e desempenho industrial voltado à panificação, que é o maior mercado global.
3. Quais as principais regiões produtoras atualmente, e quais têm mais potencial para expansão?
O Sul do Brasil segue sendo a principal região produtora de trigo, com destaque para o Paraná e o Rio Grande do Sul.
O Paraná exerce um papel de liderança na triticultura nacional, tanto em volume quanto em organização da cadeia produtiva. Já o Rio Grande do Sul também se destaca com sistemas altamente tecnificados e programas de melhoramento consolidados.
Essas duas regiões formam a base da produção brasileira, sustentando historicamente a segurança do abastecimento interno.
Paralelamente, o Cerrado brasileiro vem se consolidando como uma nova e promissora fronteira agrícola para o trigo.
Estados como Goiás, Minas Gerais, Bahia e o Distrito Federal têm apresentado resultados consistentes em produtividade e qualidade industrial, especialmente com cultivares adaptadas ao clima tropical.
O sistema de dupla safra — em que o trigo sucede a soja ou o milho — tem ampliado a viabilidade econômica da cultura em várias regiões.
A expansão do trigo nessas áreas traz consigo desafios que devem ser vistos como grandes oportunidades de investimento e inovação.
Há espaço concreto para crescimento em armazenagem especializada, ampliação da assistência técnica local, capacitação profissional e desenvolvimento de infraestrutura para grãos.
Essas são frentes que agregam valor à cadeia e estimulam o fortalecimento regional de forma sustentável.
É importante ressaltar que o avanço do trigo no Cerrado não compete com o trigo do Sul — ele complementa a produção nacional, amplia a janela de colheita e fortalece a estratégia de autossuficiência do Brasil.
Com isso, o país se posiciona cada vez mais como um produtor estratégico e consistente, com capacidade de atender diferentes mercados e nichos com qualidade e regularidade.
4. Como os cultivares desenvolvidos aqui têm respondido às condições climáticas e de solo brasileiras, especialmente no Cerrado?
O grande avanço do trigo no Cerrado se deve ao fato de que os cultivares atualmente utilizados na região não são apenas materiais adaptados vindos do Sul, mas sim cultivares que estão sendo desenvolvidos, avaliados e selecionados diretamente no ambiente do Cerrado.
O melhoramento genético tem sido conduzido com foco nas condições tropicais, levando em consideração as particularidades de clima, solo e desafios sanitários da região.
Ao contrário do que se imagina, o calor do Cerrado não é, por si só, um fator limitante para o trigo. A região oferece boa amplitude térmica — com dias quentes e noites mais amenas — o que favorece o enchimento de grãos e a deposição de proteína.
Além disso, um dos fatores que mais preocupam produtores e técnicos no Cerrado é a brusone.
Por isso, os programas de melhoramento têm intensificado o desenvolvimento de cultivares com maior resistência genética à brusone, com base em fontes já validadas em países como, por exemplo, a Bolívia. Esse avanço tem proporcionado mais segurança produtiva, mesmo em ambientes com alta pressão da doença.
Com essas estratégias — desenvolvimento local, foco em resistência e adaptação fisiológica ao clima tropical — o Cerrado tem se consolidado como uma das regiões mais promissoras para a triticultura brasileira.
5. Por que ainda persiste o mito de que o trigo brasileiro é inferior ao importado?
Há cerca de 15 anos, até se poderia justificar essa percepção. Naquela época, os programas de melhoramento genético no Brasil estavam voltados majoritariamente à produtividade e à resistência a doenças, o que era necessário diante das condições agronômicas e sanitárias do país.
A qualidade industrial da farinha ainda não era o foco principal, e muitos materiais, de fato, não atendiam plenamente às exigências da indústria.
Esse cenário começou a mudar quando se iniciou um diálogo mais próximo com a cadeia industrial — especialmente moinhos e indústrias — e passou-se a entender, com mais clareza, que cada trigo produz um tipo diferente de farinha, com aplicações específicas.
Com isso, a relação entre cultivar e uso final se fortaleceu, e os programas de melhoramento passaram a direcionar seus esforços também para a qualidade tecnológica, considerando os diferentes nichos da indústria de alimentos.
Um ponto de virada importante foi a inclusão de testes práticos na validação das cultivares, em ambientes industriais reais.
Essa etapa permitiu visualizar, com mais precisão, como cada material se comportava em panificação, confeitaria, massas e outros segmentos. Isso trouxe clareza, inclusive para os próprios moinhos, de que o trigo brasileiro poderia atender suas demandas — desde que houvesse rastreabilidade e orientação correta no uso.
Além disso, o Brasil passou a incorporar genética de qualidade de países reconhecidos internacionalmente, como Estados Unidos, França e Canadá.
Com isso, os materiais atuais carregam características que favorecem a qualidade da proteína, a força do glúten e a estabilidade da massa, atributos valorizados principalmente nos mercados que buscam performance em panificação, inclusive congelada.
Portanto, o mito de inferioridade do trigo nacional é hoje um resquício histórico que não condiz mais com a realidade técnica.
Cabe agora à cadeia produtiva comunicar, demonstrar e ampliar o uso das cultivares brasileiras com qualidade comprovada, aproximando o campo da indústria com confiança e conhecimento técnico.
6. Como a qualidade da farinha feita com trigo nacional se compara, na prática, com as farinhas importadas?
A comparação entre farinhas deve sempre considerar o uso pretendido. Não faz sentido, por exemplo, comparar uma farinha nacional de força média com uma farinha importada formulada exclusivamente para panificação congelada.
Quando a segregação varietal é respeitada, e a formulação é feita de acordo com a aplicação desejada, a farinha brasileira pode apresentar desempenho totalmente equivalente à farinha dos Estados Unidos e do Canadá, por exemplo.
O diferencial não está necessariamente na origem do trigo, mas sim no conhecimento técnico de quem formula e processa essa farinha. Um bom blend na moagem, somado a ajustes no processo industrial, garante regularidade e performance.
É importante lembrar que toda safra traz uma nova realidade, e isso não é uma exclusividade do Brasil — ocorre também em países exportadores tradicionais.
Hoje, com o avanço do melhoramento genético, o uso de ferramentas de rastreabilidade e, sobretudo, com um bom manejo a campo por parte do produtor, o trigo nacional já permite a produção de farinhas de alto desempenho para panificação artesanal, panificação industrial e pães congelados — este último sendo um nicho em crescimento no país.
Portanto, com planejamento, técnica e conexão entre campo e indústria, não há nenhum impedimento para que o trigo brasileiro esteja no mesmo patamar das melhores origens do mundo.
7. O trigo nacional atual já atende às exigências da indústria de panificação, confeitaria e massas?
Sim, o trigo nacional tem condições de atender plenamente às exigências da indústria — desde que todo o processo comece de forma correta, com a escolha adequada da cultivar. Cada cultivar tem um perfil específico e entrega um tipo de farinha com características próprias.
Por isso, é essencial que o produtor esteja orientado e atento ao tipo de trigo que deseja produzir e qual mercado pretende atender.
Essa definição inicial é determinante. Por exemplo, uma cultivar desenvolvida para atender ao mercado de biscoitos possui especificações completamente diferentes de uma voltada à panificação.
Misturar esses trigos compromete a qualidade final: não se obtém nem uma boa farinha para pães, nem uma boa farinha para biscoitos. É por isso que a rastreabilidade, a segregação e o alinhamento entre campo e indústria são tão importantes.
Hoje, há cultivares brasileiras que atendem aos segmentos de panificação e massas, com desempenho validado, inclusive em aplicações industriais de maior exigência.
Para o mercado de biscoitos, existem projetos mais específicos, com cultivares desenvolvidas para atender esse nicho de forma direcionada.
Há também cultivares que se destacam por produzir uma farinha de cor mais clara, característica valorizada especialmente para a produção de mesclas de farinha, utilizadas tanto em massas quanto em panificação.
A indústria tem sido uma parceira importante nesse processo.
Em muitos casos, lotes de trigo são valorizados e até premiados por apresentarem atributos específicos que agregam valor ao produto final.
Esse movimento mostra que, com planejamento e orientação técnica, o trigo brasileiro não apenas atende às exigências industriais — ele se posiciona como uma matéria-prima estratégica e de alta qualidade para os mais diversos nichos.
8. Há iniciativas em andamento para criar trigos com características mais específicas para nichos como a panificação artesanal?
Sim, existem tanto iniciativas de melhoramento genético direcionadas quanto projetos comerciais já consolidados voltados para atender a panificação artesanal com trigo nacional.
O principal apelo da panificação artesanal está em características muito específicas: alta força e estabilidade de massa, qualidade da proteína (estrutura do glúten) e alta absorção de água.
São atributos essenciais para suportar longas fermentações, hidratações elevadas e processos mais manuais, típicos desse tipo de panificação.
Essas características são, de fato, muito valorizadas — e já existem cultivares brasileiras que conseguem entregá-las.
Um exemplo é o trabalho da Moageira Irati, que desenvolveu a marca Trigo de Origem, focada em farinhas produzidas com trigos nacionais voltadas à panificação artesanal.
A seleção das cultivares é feita com base em testes específicos de força, estabilidade e absorção, garantindo um produto final consistente e competitivo frente às farinhas importadas.
Outro caso notável é o de A Padeira Alethea Suedt, de São Paulo. Ela criou um modelo inovador, no qual contrata diretamente produtores no Rio Grande do Sul e em São Paulo para cultivarem trigos específicos, que ela mesma avalia com base em testes internos de panificação.
Esses grãos são então moídos em sua própria padaria, respeitando identidade varietal, frescor e rastreabilidade.
Trata-se de um exemplo concreto de como o trigo nacional pode ser protagonista em nichos altamente exigentes — desde que haja escolha correta da cultivar e controle ao longo da cadeia.
Essas iniciativas mostram que o trigo brasileiro, quando bem conduzido do campo à moagem, não apenas atende como pode se tornar referência em panificação artesanal, reduzindo a dependência de importações e valorizando a agricultura local.
9. Qual é a importância do investimento em tecnologia de equipamentos também nas etapas produtivas da panificação — e não apenas no campo — para melhor aproveitamento das características da farinha nacional, redução de desperdícios e garantia da qualidade dos produtos?
O investimento em tecnologia nas etapas produtivas da panificação é tão importante quanto o investimento no campo.
Uma farinha de qualidade só revela todo o seu potencial quando é processada em condições adequadas, com equipamentos que respeitem as características da massa, permitam controle preciso e garantam estabilidade durante todo o processo.
Nesse sentido, a Prática sempre se destacou como uma empresa comprometida com a entrega de equipamentos que cuidam da matéria-prima, garantindo que ela seja bem aproveitada e transformada em produtos resultantes com padrão, qualidade e desempenho compatíveis com as exigências do consumidor moderno.
A atenção aos detalhes do processo — desde a fermentação até o assamento — é o que permite valorizar todo o investimento feito na escolha da cultivar, no manejo a campo e na moagem correta.
Fermentadoras controladas, câmaras de crescimento, divisoras de massa com baixa tensão, fornos com controle preciso de vapor e temperatura são ferramentas fundamentais, especialmente em segmentos como panificação congelada, fermentação natural e panificação artesanal, nos quais as farinhas brasileiras têm demonstrado alto desempenho técnico.
Além disso, o uso de tecnologia adequada proporciona padronização, redução de perdas e maior eficiência produtiva, o que resulta em melhores margens para a indústria e maior consistência para o consumidor final.
Portanto, o campo entrega o potencial, mas é a tecnologia aplicada ao processo que transforma esse potencial em performance de verdade. A conexão entre genética, manejo, moagem e equipamentos industriais bem projetados é o que torna o trigo nacional competitivo em qualquer mercado.
10. Que mensagem você deixaria para os produtores e empreendedores do setor de panificação e alimentos que ainda têm dúvidas sobre o trigo nacional?
O trigo brasileiro evoluiu muito. Hoje, temos à disposição cultivares com alto desempenho, desenvolvidas especificamente para os diferentes usos da indústria — seja panificação, massas, biscoitos ou panificação artesanal.
E não se trata apenas de produtividade no campo, mas de qualidade industrial validada na prática, em ambientes reais de moagem e indústria.
Essa qualidade, para ser plenamente aproveitada, depende também do uso de equipamentos adequados, que respeitem as características da massa e garantam estabilidade ao processo.
Quando genética, manejo, moagem e tecnologia industrial caminham juntas, o resultado final é um produto de alto padrão, capaz de competir com qualquer origem.
Apostar nesse caminho fortalece a cadeia, reduz a dependência externa e agrega valor ao produto final. O trigo brasileiro é uma oportunidade real de inovação, identidade e valorização da produção nacional.
Sobre Kênia Meneguzzi
Kênia Meneguzzi é especialista em Engenharia de Alimentos, Gestão de Pessoas e formada em Administração de Empresas.
Com mais de uma década de experiência na área de melhoramento genético do trigo, construiu uma trajetória sólida atuando em avaliações de cultivares, qualidade industrial e desenvolvimento de novos negócios voltados ao cereal.
Ao longo de sua carreira, realizou visitas técnicas a mais de 80 moinhos em diversos países da América do Sul e liderou projetos estratégicos na GDM/Biotrigo.
Atualmente, Kênia está à frente da implantação da primeira indústria de glúten vital do Brasil, pela Be8, contribuindo de forma decisiva para o avanço da cadeia produtiva do trigo nacional.
Curiosa por natureza e movida pela busca constante por inovação, dedica-se a criar soluções que conectem o campo à indústria com sustentabilidade, competitividade e alto desempenho.
Como parte desse compromisso com a inovação, cursa atualmente um MBA em Inteligência Artificial aplicada aos negócios, com o objetivo de tornar o desenvolvimento de produtos e processos no setor de alimentos e biotecnologia ainda mais ágil, prático e orientado a resultados.
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