Garantir um alimento com o sabor, a textura e a coloração perfeita nem sempre é uma tarefa simples. Para auxiliar no processo, existem diversos tipos de aditivos alimentares que podem ser utilizados na cozinha profissional . Mas você sabe quais são eles e quando devem ser utilizados?
Neste artigo, explicamos melhor as funções dos aditivos, quais os tipos encontrados, como indicá-los para os consumidores e se eles, de fato, apresentam riscos à saúde. Quer ficar por dentro do assunto? Então continue a leitura e confira.
Um aditivo alimentar é qualquer ingrediente adicionado intencionalmente aos alimentos, sem o propósito de nutrir, mas com o objetivo de modificar as características físicas, químicas, biológicas ou sensoriais. Dessa forma, eles impedem alterações, conferem ou intensificam o aroma, cor e sabor dos alimentos.
Vale destacar que essa definição não inclui os contaminantes ou substâncias nutritivas que são incorporadas para manter ou melhorar as propriedades nutricionais do produto. Substâncias que têm o objetivo de elevar o valor nutricional dos alimentos, como minerais e vitaminas, não são classificadas como aditivos.
Os aditivos alimentares podem ser sintéticos ou naturais e são utilizados para melhorar formulações nas indústrias, cozinhas e restaurantes. Eles estão presentes na grande maioria dos produtos que consumimos e são muito mais do que aquelas palavras difíceis que encontramos nas tabelas nutricionais.
Os aditivos alimentares são classificados em 23 grupos:
Para facilitar ainda mais o entendimento, vamos separar os tipos de aditivos por grupos, conforme suas funções. Dessa forma, temos, por exemplo:
Podemos classificar os aditivos, também, por sua origem. Assim, temos os aditivos naturais, por exemplo, o corante de urucum e a lecitina de soja, os semi-sintéticos, que são obtidos de substâncias naturais e sintetizados artificialmente e aqueles totalmente sintéticos, que são desenvolvidos em laboratório por processo de síntese.
É importante destacar que os aditivos sintéticos são mais estáveis, padronizados e seguros para utilizar em estabelecimentos.
Por fim, os aditivos podem ser obrigatórios ou facultativos. Os obrigatórios são aqueles que se incorporam ao produto e acabam fazendo parte de sua estrutura. Como exemplos, temos os espessantes, estabilizantes e emulsificantes.
Já os facultativos não influem na estrutura do produto, é o caso, por exemplo, dos corantes e aromatizantes.
De modo geral, podemos dizer que os aditivos auxiliam muito na cozinha, já que eles impedem alterações, mantêm, conferem e intensificam aromas, cores e sabores e conservam o alimento por mais tempo, garantindo segurança aos clientes. Além disso, os aditivos permitem uma maior padronização dos alimentos e auxiliam a acelerar processos, além de aumentar o shelf life dos produtos, diminuindo perdas.
Praticamente tudo o que consumimos têm aditivos em sua composição. Pense, por exemplo, no sal. Como ele fica sempre soltinho, se é um componente que, naturalmente, absorve água? E como os molhos se mantêm homogêneos nas embalagens e não se separam? Tudo isso é resultado de muito estudo e do uso de aditivos.
O uso desse tipo de substância pode ser evitado em casos de produções pequenas, quando o alimento é servido fresco ou quando os processos permitem, por exemplo, um congelamento eficiente, que não altere o produto.
No caso de produtos que são vendidos embalados, existem algumas regras para incluir os aditivos na rotulagem. Primeiro, é preciso listar os demais ingredientes, de acordo com a ordem decrescente de proporção.
Os aditivos devem ser incluídos após os ingredientes, acompanhados de sua função e agrupados de acordo com ela. Eles também precisam ser descritos em ordem decrescente de proporção.
Para garantir uma padronização internacional, é possível utilizar, também, o Sistema Internacional de Numeração de Aditivos Alimentares (INS) , uma alternativa elaborada pelo Comitê do Codex para a identificação dos aditivos por meio de numeração. Nesse caso, é importante destacar a função do aditivo, acompanhado de seu número na tabela INS.
É importante entender que existem muitos mitos acerca dos aditivos alimentares. Antes desse tipo de substância ser liberada, ela passa por uma série de testes nos órgãos reguladores, para garantir a segurança do consumo e os limites de uso.
Em relação à segurança, os aditivos são classificados em dois grupos:
Todos os aditivos permitidos são considerados seguros e controlados por Lei pelo Ministério da Saúde. A Anvisa é o órgão responsável pela fiscalização do uso, garantindo que o Não GRAS esteja dentro do limite estabelecido.
Como vimos, os aditivos alimentares são substâncias utilizadas para manter ou modificar as características de um produto, melhorando formulações e garantindo mais padronização. O uso desses ingredientes é bastante comum e, na maioria das vezes, necessário.
No caso de substâncias que podem trazer riscos com uma alta ingestão, é essencial ficar atento aos limites estabelecidos pelos órgãos reguladores.
Agora que você já sabe o que são os aditivos alimentares, descubra também como adaptar sua produção para atender as demandas de refeições prontas.
O post Aditivos alimentares: o que são, por que e onde usá-los apareceu primeiro em Blog Prática | Gastronomia e Panificação.
MANTENHA-SE SEMPRE INFORMADO
NEWSLETTER
Receba nossas novidades por email:
Obrigado!
SOBRE O BLOG
Focada em auxiliar na produção de comida boa e de qualidade, a Prática desenvolveu um blog para levar dicas e conhecimentos para tornar o setor de food service cada vez mais sustentável e lucrativo.
PRÁTICA PRODUTOS S/A. TODOS OS DIREIROS RESERVADOS COPYRIGHT