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Alimentos transgênicos: qual seu impacto nos negócios de foodservice?

Prática • 21 de janeiro de 2025
alimentos transgênicos

Na era da biotecnologia, os alimentos transgênicos se tornaram uma parte essencial da nossa cadeia alimentar. No entanto, eles ainda permanecem envoltos em mistério e controvérsia para muitos. 


Para alguns, são a promessa de uma agricultura mais eficiente e sustentável, enquanto outros os veem com desconfiança, temendo os potenciais impactos na saúde humana e no meio ambiente.


Continue lendo para descobrir e entender melhor este tema complexo e controverso e ampliar seus conhecimentos!


O que são alimentos transgênicos?


Também conhecidos como alimentos geneticamente modificados (GM) ou GMOs" (Organismos Geneticamente Modificados), são produtos alimentícios que foram alterados geneticamente em laboratório, geralmente para melhorar suas características agronômicas, como resistência a pragas, tolerância a herbicidas, aumento do valor nutricional ou prolongamento da vida útil. 


Isso é feito pela inserção de genes de outras espécies, como bactérias, plantas ou animais, no DNA das plantas ou animais-alvo. Isto têm sido objeto de amplo debate sobre questões relacionadas à segurança alimentar, saúde humana, meio ambiente e questões éticas.


A segurança dos alimentos transgênicos tem sido objeto de um intenso escrutínio e pesquisa ao longo das últimas décadas. 


A maioria dos órgãos reguladores de alimentos em todo o mundo, como a Food and Drug Administration (FDA) nos Estados Unidos, a European Food Safety Authority (EFSA) na União Europeia e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) no Brasil, concluíram que os atualmente disponíveis no mercado são seguros para consumo humano com base nas evidências científicas disponíveis.


Como os alimentos transgênicos são criados?


Eles são criados por meio de técnicas de engenharia genética, que permitem aos cientistas modificar o material genético de uma planta, animal ou microorganismo de forma precisa e controlada. O processo geralmente envolve as seguintes etapas:


Identificação do Gene Alvo

Os cientistas identificam o gene de interesse que desejam inserir no organismo-alvo para conferir uma característica específica, como resistência a pragas ou tolerância a herbicidas.


Isolamento do Gene

O gene de interesse é isolado de uma fonte conhecida. Pode ser de outra espécie vegetal, animal, bacteriana ou mesmo sintético.


Construção do Vetor 

O gene isolado é inserido em um vetor, geralmente um plasmídeo bacteriano, que servirá como veículo para transportar o gene para o organismo-alvo.


Introdução do Gene no Organismo-Alvo

O vetor contendo o gene de interesse é introduzido nas células do organismo-alvo, geralmente usando técnicas como transformação genética (para plantas), microinjeção (para animais) ou outros métodos específicos para cada organismo.


Seleção e Regeneração

As células que foram bem-sucedidas na incorporação do gene são selecionadas e regeneradas em plantas completas, animais ou microrganismos.


Testes e Avaliação

Os organismos modificados são submetidos a uma série de testes para avaliar se a modificação genética foi bem-sucedida e se a característica desejada foi expressa de forma eficaz.


Aprovação Regulatória


Antes de serem comercializados, estes alimentos geralmente passam por um rigoroso processo de avaliação de segurança regulatória em muitos países, incluindo análises de impacto na saúde humana e no meio ambiente.


Quais os mais comuns na atualidade?


Os mais comuns disponíveis incluem milho, soja, algodão, canola, abóbora, batata, maçã, papaya e melão. Esses alimentos foram geneticamente modificados para várias características, como resistência a pragas, tolerância a herbicidas ou melhor qualidade nutricional. Eles são amplamente utilizados na produção de alimentos processados, rações para animais e uma variedade de outros produtos alimentícios em todo o mundo.


O trigo também é um alimento que pode ser geneticamente modificado, embora não seja tão comum quanto outros cultivos transgênicos. No entanto, existem pesquisas em andamento para desenvolver variedades de trigo transgênico com características como resistência a doenças, tolerância a herbicidas ou melhor qualidade nutricional. 


Qual o impacto dos alimentos transgênicos nos empreendimentos foodservice?


Disponibilidade e Variedade de Ingredientes 


Eles podem oferecer uma maior disponibilidade e variedade de ingredientes para os empreendimentos de foodservice. Isso pode incluir vegetais resistentes a pragas, frutas com vida útil prolongada e ingredientes com características de sabor e textura aprimoradas.


Custos de Insumos


Em alguns casos, eles podem ajudar a reduzir os custos de insumos para os empreendimentos de foodservice. Por exemplo, vegetais resistentes a pragas podem exigir menos pesticidas, resultando em custos mais baixos para os produtores e, potencialmente, preços mais baixos para os restaurantes.


Reputação e Transparência


No entanto, é importante reconhecer que nem todos os consumidores têm uma visão positiva. Alguns podem ter preocupações sobre os potenciais impactos na saúde humana e no meio ambiente. Portanto, os empreendimentos de foodservice que optam por usar alimentos transgênicos podem precisar considerar como comunicar de forma transparente e educativa sobre a presença desses ingredientes em seus pratos.


Conclusão


Em conclusão, os alimentos transgênicos representam uma evolução significativa na tecnologia da produção de alimentos, oferecendo benefícios potenciais em termos de disponibilidade, custo e variedade de ingredientes para os empreendimentos de foodservice. 


É importante reconhecer que, quando produzidos de acordo com as legislações e normas internacionais estabelecidas por agências reguladoras no Brasil e em todo o mundo, eles não devem ser vistos como inimigos, mas sim como aliados valiosos e já presentes nas prateleiras e consumidos amplamente.


Além disso, ao adotar uma abordagem transparente e educativa em relação ao tema, os empreendimentos de foodservice podem ajudar a construir a confiança dos consumidores e promover uma compreensão mais ampla sobre essa tecnologia.



Agora, que tal ler também nosso artigo sobre os orgânicos e aprender mais sobre os e o que diz a legislação sobre os orgânicos? Clique aqui e confira.

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