blog Prática

Cozinha industrial: como ganhar produtividade com tecnologia

Prática • 1 de fevereiro de 2023
Um grupo de chefs está preparando comida em uma cozinha.

Uma cozinha industrial é diferente daquela em nossa casa ou mesmo de um restaurante e necessita de planejamento criterioso. Estamos falando em produzir centenas ou até toneladas de alimentos por turno. Além disso, algumas atendem todas as refeições e até 24 horas por dia.

Sua operação diária oferece inúmeros desafios mas que com apoio de tecnologias como as dos fornos combinados, pode facilitar a definição do projeto e operação diária com múltiplos benefícios.

Leia o texto abaixo e aprenda um pouco sobre uma cozinha industrial.

Como é uma cozinha industrial?

Uma cozinha industrial utiliza vários equipamentos de grande porte, realizando diversas operações complexas. Só para exemplificar, listamos alguns para que você tenha uma ideia:

  • Caldeira ou caldeirão: utilizada no preparo especialmente do feijão, arroz e carne cozida em quantidades. Não incomum, a cozinha industrial conta com vários destes.
  • Fogões industriais: de 8 ou 12 bocas;
  • Chapas e Char-broillers: para grelhados e com dimensões consideráveis.
  • Fritadeiras industriais: com alta capacidade e que aumentam ocupação e riscos
  • Banho-maria: é uma estação com água quente para conservação da temperatura de produtos em panelas e cubas.

Quais os problemas da cozinha industrial tradicional?

  1. Alta ocupação de espaço horizontal: algumas chegam a ter centenas de metros quadrados sem contarmos as áreas de apoio.
  2. Número de equipamentos: para atender diversas tipos de demanda e em quantidade. Por exemplo: 3 caldeiras, 4 chapas e assim por diante.
  3. Valor elevado de investimento inicial: quantidade de equipamentos e necessidade de área.
  4. Elevado Consumo de recursos: energia, água e gás.
  5. Uso de óleo e gordura: em altas quantidades e necessidade de trocas constantes além de perdas e desperdícios.
  6. Manutenções custosas e complicadas: pelos tamanhos, variedade e quantidade de equipamentos.
  7. Comprometimento da circulação: mesmo com bom trabalho de layout, ainda assim a movimentação é difícil pelas mesmas razões acima.
  8. Complexidade operacional: diversos equipamentos funcionando com diferentes produtos
  9. Problemas de qualidade: dificuldade na padronização dos processos.
  10. Segurança dos alimentos: manipulação, muitos processos e movimentações.
  11. Mão de obra: necessidade de alto número de profissionais e com extensa experiência e/ou nível técnico.
  12. Saúde e segurança: carregamento, descarrregamentos de equipamentos e a operação em altas temperaturas, volume de produtos oferecem riscos.
  13. Volume e variedade de acessórios: alto custo da quantidade e variedade de acessórios (panelas, frigideiras, formas, cubas e etc.)
  14. Alto volume de produtos de limpeza: a higienização diária de todos os equipamentos consome quantidades significativas de produtos profissionais.

O que são fornos combinados?

São equipamentos que contam com vapor, ar quente ou a combinação dos dois para o preparo dos alimentos e realizam as funções de assar, grelhar, gratinar, fritar, cozinhar, refogar, regenerar e cozinhar no vapor alimentos em um só equipamento. A tecnologia dos fornos combinados permite as várias operações, além do preparo simultâneo com padronização, segurança e da qualidade.

No caso de uma cozinha industrial, os equipamentos utilizados são de maior capacidade, com 20 ou até 40 gastronorms por operação.

Vantagens do uso do forno combinado para a cozinha industrial

Como mencionamos acima, o forno combinado vem para ajudar a cozinha industrial a enfrentar algumas de suas dificuldades. Veja o como ele pode contribuir:

  1. Menor área ocupada
  2. Equipamento assume funções de outros
  3. Investimento menor: quando comparado a somatória de todos equipamentos de uma cozinha industrial
  4. Uso racional de água, energia e gás: por possuir maior tecnologia embargada.
  5. Reduz ou até dispensa o uso de óleo: economia de até 95% d
  6. Manutenções periódicas preventivas: somente o especificado para o equipamento e de menor valor.
  7. Movimentação facilitada pelo uso de carros nos modelos 20 e 40 verticais.
  8. Menor complexidade operacional porque há programação de receitas e painel intuitivo
  9. Qualidade padrão: utilizando a programação de receitas.
  10. Maior segurança dos alimentos: graças ao uso de sonda de núcleo, programação de receitas e no caso dos modelos TSi , também controle HACCP.
  11. Melhor aproveitamento de mão de obra: e menor dependência de monitoramento contínuo porque o forno executa funções programadas.
  12. Mais saúde e segurança: carregamento e descarregamento facilitado pelo uso de carros e o forno opera fechado, evitando contato do operador.
  13. Padronização de acessórios: uso de gastronorms , as “gns” e possível redução na variedade e quantidade de panelas.
  14. Uso de pastilhas de higienização: quantidade pré-determinada de produtos para higienização do forno, com eficácia e eficiência, a segurança desse processo e a economia de recursos, tanto de agua, quanto de produto

Avaliando demanda

Primeiramente, para montar sua cozinha industrial, você precisará reunir o máximo de informações para fazer a escolha dos equipamentos e seu dimensionamento. Entre alguns destes estão:

  1. Quantas pessoas a cozinha industrial atenderá?
  2. Número de refeições e quais?
  3. Número de turnos?
  4. Qual perfil do público?
  5. Há variação nesta demanda? Sazonalidades, periodicidades, visitantes, rotatividade de funcionários,
  6. Quais os produtos e pratos serão preparados?
  7. Qual o tipo de preparação?
  8. Qual espaço disponível para instalação?
  9. Quais as exigências da Vigilância Sanitária e legislações?
  10. Qual perspectiva de crescimento para a demanda?

Operação mista

Os fornos combinados podem centralizar todas ou algumas operações de uma cozinha industrial. Em alguns casos, com devido escalonamento de produção, o forno fica 100% responsável por todo fornecimento.

Todavia, as demandas e especialmente as particularidades de alguns produtos, exigem a operação mista. Em outras palavras, o uso ainda dos outros equipamentos faz-se necessário. Um exemplo clássico é o feijão. Como aqui no Brasil ele é consumido diariamente nas duas refeições principais (almoço e jantar), ele ainda é preparado nas caldeiras preferencialmente.

Conclusão

Em síntese, para montar uma cozinha industrial, não basta fazer esboço e escolher equipamentos sem critério algum. É preciso se conciliar as características de cada cozinha industrial ao atendimento de sua demanda e por último e não menos importante, se o consumidor final também será atendido com a qualidade final esperada por ele.

Por fim, veja também nossa postagem sobre o que é preciso para expandir e tornar sua produção industrial. Continue a leitura.

Share by: