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Dia Mundial do Pão: curiosidades sobre este alimento essencial

Prática • 16 de outubro de 2023

Hoje, celebramos o Dia Mundial do Pão, esse alimento tão fundamental e versátil, desfruta de um lugar de destaque nas mesas. Com sua história milenar e inúmeras variedades, ele é mais do que um simples acompanhamento para nossas refeições – é um símbolo de união, tradição e sabor.  

Esta é uma ocasião perfeita para explorar algumas curiosidades fascinantes sobre esse item básico em muitas culturas. Prepare-se para descobrir fatos surpreendentes que iluminarão sua apreciação por ele. 

Confira nosso conteúdo a seguir!  

Primeiramente, como surgiu o Dia Mundial do Pão?

O Dia Mundial do Pão, celebrado em 16 de outubro, começou com a iniciativa da União Internacional dos Padeiros e Confeiteiros ( UIBC – International Union of Bakers and Confectioners ) em 2000. A data foi escolhida em homenagem à sua fundação, que ocorreu na mesma data em 1950. O seu objetivo é reconhecer a importância do pão como alimento básico e destacar o trabalho dos profissionais da panificação.

Além disso, o Dia Mundial do Pão promove a conscientização sobre a nutrição e a necessidade de combater o desperdício de alimentos.

A Panificação começou mais cedo do que se imaginava  

Arqueólogos descobriram evidências de pães feitos há 14 mil anos no deserto da Jordânia. Migalhas carbonizadas analisadas em laboratório, revelaram uma combinação de cereais e tubérculos moídos, misturados com água para produzir a massa, que foi assada nas cinzas ou sobre uma pedra quente. 

Os egípcios utilizavam o pão mofado para tratar ferimentos  

Os egípcios antigos empregavam pão com mofo como uma solução para tratar queimaduras infectadas , aproveitando os efeitos antibióticos dos fungos. Contudo, Alexander Fleming estudou esses efeitos cientificamente somente em 1928, o que levou à descoberta da penicilina, que passou a ser usada como medicamento em si.

O fermento do pão é o mesmo que faz a cerveja e o vinho  

O fermento biológico é composto por uma única levedura, o Saccharomyces cerevisiae. Ela é fundamental na produção de pães, onde consome açúcares e libera dióxido de carbono, fazendo com que a massa cresça. Além disso, essa levedura desempenha um papel crucial na produção de cerveja, vinho e até na pesquisa genética , devido sua fácil manipulação, que possibilita a geração e análise de mutantes e genoma. 

Pães de quase 2.000 anos de idade foram encontrados inteiros em Pompéia   

Pompéia era a cidade romana nas proximidades do Vesúvio que, em 79 d.C., que ficou completamente coberta por detritos vulcânicos. Nas escavações que revelaram essa tragédia, arqueólogos descobriram um forno cheio de pães queimados , mas bem preservados, em uma padaria local. Esses eram redondos e divididos em oito partes iguais e traziam até a identificação do fabricante!

A Magna Carta já tinha leis sobre os pães   

Assinada na Inglaterra em 1215, pelo Rei João, a Magna Carta estabeleceu limitações ao poder do rei e princípios fundamentais de direitos e leis, influenciando o desenvolvimento do direito moderno. Além disso, incluiu um conjunto de leis chamado “Assize of Bread,” que estabelecia preços acessíveis para os pobres, variando com base na abundância da colheita. Essas leis vigoraram até o século XVIII. 

A expansão marítima no século XVI levou o pão para o resto do mundo  

Os alimentos em um navio consistiam em carne salgada e “biscoitos” de navio. Estes eram basicamente um tipo de pão chato de farinha, água e sal e muito secos. O exemplo mais antigo encontrado, data de 1784. Esses eram notoriamente duros, e sua durabilidade era grande, mas os marinheiros sofriam de escorbuto e outras doenças devido à dieta deficiente.

Em 1928, Otto Frederick Rohwedder inventou o pão fatiado nos Estados Unidos

Sua criação revolucionou a indústria do pão, tornando-o mais conveniente e prático para os consumidores, ao mesmo tempo em que impulsionou a popularidade do sanduíche. O primeiro do tipo “de forma” entrou no mercado por uma marca famosa, e desde então, o pão fatiado se tornou um padrão na dieta americana. 

O pão chegou ao Japão no século XVI com os missionários e comerciantes portugueses  

No entanto, em 1587, ocorreu o fechamento de suas fronteiras. Isso levou o pão a cair novamente em relativo esquecimento. Contudo, uma herança persiste: a palavra japonesa para pão, “pan” , adaptada do português. Hoje ele é uma grande “trend” no país, que dominou e adaptou as técnicas ocidentais com maestria.

Carboidratos são energia  

Os carboidratos , como os presentes nos pães, são essenciais para a nossa saúde e devem fazer parte de uma dieta adequada. Em casos de restrições, geralmente com o acompanhamento de um nutricionista, a redução da sua ingestão e a substituição pelos pães integrais, que proporcionam maior saciedade, são recomendadas.

Assando pão em um gêiser  

Na Islândia, há um pão tradicional chamado “rúgbrauð”, ou “pão de lava” , que pode ser assado em uma panela enterrando-a no chão perto de uma fonte termal. Seus ingredientes incluem farinha de centeio e trigo, fermento químico, sal, kefir e melaço. Ele é escuro e denso. Lá, costumam servi-lo com manteiga, patê de carneiro defumado ou arenque em conserva. 

Por que o pão cai sempre com a manteiga para baixo?  

O pão possui bolsas de ar que afetam sua resistência ao cair. Passar manteiga em um lado do pão muda esse cenário, o que significa que ele só tem a oportunidade de girar uma vez e meia. Como a fatia sempre fica com o lado da manteiga para cima, invariavelmente acaba caindo com o lado da manteiga para baixo, e até existe uma fórmula para isso:

( ω – Rav ) / t = R

Representando, velocidade de rotação (ω) menos a taxa de rotação influenciada pela força de arraste (Rav) é dividida pelo tempo disponível (t), o que determina o número de rotações (R) enquanto a fatia de pão cai.

Pão no Espaço?  

Você sabia que o pão não é permitido na Estação Espacial Internacional? Isso ocorre porque ele produz migalhas que ficam flutuando. Por essa razão, uma doutoranda da Flórida inventou um sistema no qual embalagens com os ingredientes são friccionadas para fazer a mistura e, em seguida, são colocadas no forno para assar. Após isso, o astronauta abre-a e tem um pão prontinho! 

Conclusão  

Em suma, esse alimento transcende fronteiras e culturas, desempenhando um papel central na história da humanidade. Sua versatilidade, sabor e importância nutricional o tornam um componente vital de nossa alimentação diária.  

Por fim, celebramos nesse Dia Mundial do Pão, a diversidade deste, mas também a habilidade humana de transformar ingredientes simples em algo tão essencial e saboroso. Então, da próxima vez que você saborear uma fatia quentinha de pão, lembre-se de todas as histórias e tradições que esse alimento carrega consigo.  

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