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Mudanças nas padarias: veja 5 trazidas pela tecnologia

Prática • 11 de setembro de 2019
Duas mulheres estão olhando para um tablet em uma padaria.

Muitas pessoas podem não ter percebido, mas houve grandes mudanças nas padarias do Brasil. Elas passaram a oferecer refeições completas, opções variadas de pães e adotaram diversos serviços.

Até chegar nesse patamar, as padarias precisaram passar por transformações tecnológicas que afetaram todos os processos e abriram oportunidades para que empresários pudessem trazer novidades e explorar novos ares. O que atraiu clientes e manteve vários estabelecimentos vivos, mesmo diante da crise.

Porém, há um problema que fez os empreendimentos buscarem novas soluções para deixar sua produção mais ágil. Os supermercados e hipermercados, concorrentes diretos, aumentaram seus números em 2018 e dispararam em relação às tradicionais padarias.

Preparamos este texto para mostrar como os panificadores podem usar a tecnologia a seu favor e de que forma ela pode ajudar no desenvolvimento do seu negócio. Acompanhe a leitura!

Por que fazer mudanças nas padarias?

O que vemos na realidade são muitas padarias que continuam trabalhando de forma ineficiente e ineficaz.

Esse é um dos grandes problemas quando a concorrência se torna a grande indústria, que consegue produzir pães e bolos com um custo baixo e 100% automatizado. Dessa forma, ela acaba inviabilizando todos os negócios que não conseguem confrontar os preços.

Segundo o levantamento da Associação Brasileira da Indústria de Panificação e Confeitaria ( ABIP ), em 2018 o setor de panificação teve um crescimento de apenas 2,8%. A título de comparação, o Grupo Carrefour e Assaí tiveram aumento total de quase 34%. Para tentar lutar contra essa situação, desde 2012 as padarias aumentaram a variedade de alimentos produzidos internamente.

A padaria brasileira tem capacidade de desenvolver diferenciais para concorrer com o mercado. O empresário precisa saber como e quando atuar para superá-los.

Não é preciso vender apenas pão francês ou ser só uma padaria de bairro. Ele pode assumir diferentes características dentro do mesmo empreendimento, respeitando o perfil do seu negócio, mantendo os clientes fiéis e conseguindo novos consumidores.

A tecnologia é um dos principais fatores que determinam a sobrevivência de uma panificadora no mercado atualmente, é preciso acompanhar as mudanças e identificar os pontos que impactam no valor final do produto.

1. Aumento da produção

O primeiro ponto que a tecnologia impactou foi no sistema de trabalho. Grande parte das padarias hoje em dia são orientadas à produtividade, muito diferente do que se via a alguns anos, quando a capacidade era menor. Essa mudança de pensamento se teve por causa do crescimento da população e o aumento da demanda.

Então, para manter o negócio vivo, os empresários precisaram adaptar os seus estabelecimentos para atender a necessidade do público. Atualmente, segundo estudo do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), cada indivíduo consome em média mais de 22 kg de pães por ano. Em comparação com 1997 , é um aumento de 5 kg.

Com isso, foi preciso contratar mais colaboradores, utilizar equipamentos adequados para a produção em quantidade e trabalhar com variedades de produtos para se destacar dos concorrentes.

2. Uso de energia

Com a eletricidade, os padeiros e padarias passaram a contar com vários confortos no ambiente de trabalho e durante o processo de fabricação dos alimentos. Primeiro ponto foi a substituição dos fornos de alvenaria pelos elétricos. Com essa mudança, ao apertar um botão era possível regular a temperatura, ligar, desligar e até programar receitas e vaporização.

Com o tempo, esses equipamentos foram evoluindo e permitiram automatizar todos os processos da produção de pão. Desde a mistura da massa até a cocção ideal para o produto atingir as características chamativas como cheiro, textura e cor. Podemos dizer que essa foi a maior mudança causada pela tecnologia.

3. Transformação dos ingredientes

A farinha e o fermento biológico foram os ingredientes que passaram pelas maiores mudanças tecnológicas.

Por exemplo, o caso do fermento biológico. A levedura Saccharomyces Cerevisiae , passou a contar com investimentos tecnológicos para que fosse capaz de produzir mais gases que ajudam na maciez e volume do pão.

A farinha também teve modificações importantes como seleção de grãos, e misturas e processos que permitem maior controle do desempenho e padronização de produto.

Pode-se dizer que hoje a padaria tem disponível no mercado, um arsenal de insumos para os mais diversos fins.

4. Evolução dos equipamentos

Os ingredientes também puxaram a tecnologia nos equipamentos, um sem o outro não compensa, é uma soma de fatores. A informática está presente em todos os pontos da padaria, do controle de caixa até o tipo de assamento que determinada massa precisa.

Hoje em dia, qualquer um consegue reproduzir uma receita de pão com um celular na mão e o maquinário certo.

As placas dos fornos possibilitam controlar cada etapa do processo é um dos avanços que os equipamentos passaram a ter. Todos funcionam por meio de um software que controla tudo. Muito diferente do que era visto antigamente, com equipamentos arcaicos e controle de estoque em cadernetas.

5. Automação dos processos

Toda essa mudança só foi possível porque houve pessoas dispostas a encontrar soluções para tornar todo o processo mais ágil. Existem sistemas que fazem a divisão, modelagem e padronização do peso automaticamente e com apenas um clique. Sem a necessidade de ficar um responsável por acompanhar todo o processo.

Só para exemplificar, as câmaras de fermentação e o ultracongelador que permite guardar o excesso de massa para ser utilizado depois, de acordo com a demanda da loja. Não há necessidade fazer nada na hora e do zero, o que mantém a padaria sempre com pães frescos e quentes.

As padarias precisam inovar para se manter no mercado, para isso é preciso aumentar a produção, ter processos mais automatizados e espaços melhor aproveitados.

Em suma, como vimos, a solução é investir em equipamentos que poderão ajudar os empreendedores a aumentar a fabricação própria de alimentos, com baixo consumo energético e com matéria prima diferenciada.

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