Fermentação natural: como estes pães impulsionam o mercado?

Fermentação natural: como estes pães impulsionam o mercado?

Pão de fermentação natural

Fermentação natural: como estes pães impulsionam o mercado?

A fermentação natural vem se destacando no mercado de alimentação, principalmente entre as pessoas que se preocupam em adquirir itens diferenciados e que contribuam para a melhoria da saúde e do bem-estar.

Seguindo essa tendência, a fermentação natural se tornou nos últimos tempos o grande destaque da panificação. Isso porque, por meio dessa técnica, pães e roscas são elevados a outro patamar de qualidade e se tornam aliados da alimentação saudável.

Com o post de hoje, você vai entender um pouco mais sobre a fermentação natural e dar os primeiros passos para começar a implementá-la em seu negócio. Continue a leitura!

A busca pela qualidade de vida

Uma pesquisa realizada pela Embrapa mostra que hoje o consumidor está disposto a pagar a mais por um alimento artesanal ou tradicional. Segundo o estudo, muitas pessoas buscam por itens que remetam às lembranças afetivas e que sejam produzidos de forma menos industrializada, a partir de ingredientes naturais.

Todo esse interesse revela a grande preocupação da população com a alimentação saudável, a qualidade de vida e a longevidade. Além disso, indica que há um cuidado com questões relacionadas à sustentabilidade, um compromisso social que tem se difundido na sociedade cada dia mais.

Produtos artesanais e orgânicos

Atentos ao cenário e à demanda, muitos empreendedores estão se sentindo motivados em investir na gastronomia artesanal. Afinal, trata-se de um nicho de mercado em crescimento e com um custo bem diferenciado.

De forma geral, os alimentos artesanais podem ser descritos como aqueles produzidos em menor escala, com matéria-prima e ingredientes naturais. Na mesma direção estão os alimentos orgânicos, outra forte tendência mercadológica que visa a contribuir para a boa saúde e para a economia local.

Ou seja, esse segmento vai além do produto em si, já que o consumidor procura conhecer os ideais e o compromisso social dos produtores. Vender alimentos artesanais é, então, oferecer um item de qualidade, mas também se comunicar com o cliente de forma transparente em relação a todo o processo percorrido até se chegar à comercialização.

Benefícios da fermentação natural

Se a sua intenção é começar a produzir alimentos artesanais, não pode deixar de investir em fermentação natural. Isso porque os pães feitos a partir desse processo oferecem inúmeros benefícios para quem consome e representam uma nova possibilidade de mercado para quem comercializa.

O aspecto rústico e bonito dos pães artesanais chamam a atenção dos clientes e agregam maior valor de comercialização. A validade do produto depois de assado também é bem maior. Isso ocorre porque o ácido cético, produzido na fermentação natural, inibe o surgimento de fungos.

Um ponto importante a ser ressaltado é que a fabricação de produtos panificados por meio de fermentação natural demanda mais tempo que a tradicional. No entanto, os benefícios de incluir essa opção no mix de produtos da loja supera esse aspecto, que poderia soar como negativo para o produtor.

Mas se a ideia é otimizar o processo e garantir um resultado perfeito, sem precisar deixar funcionários exclusivamente por conta das etapas mais demoradas, basta investir em uma câmara de fermentação. Para finalizar o produto com a qualidade que eles merecem, é importante que o gestor conte também com fornos de panificação de alta qualidade. Assim, é possível oferecer ao cliente alimentos gostosos, bonitos e com crocância irresistível.

Como preparar o fermento natural

O fermento natural é uma cultura de micro-organismos vivos que estão presentes no ar e na farinha de trigo. Apesar de parecer uma nova tendência da gastronomia, a fermentação natural é um procedimento usado no preparo de pães e roscas há mais de 5.700 anos.

No entanto, no século 19, a fabricação artesanal foi deixada de lado, a partir da criação do fermento industrial, que ganhou adeptos e conquistou espaço por sua praticidade. Só agora a fermentação natural voltou com força total para o cenário gastronômico.

Fabricar o próprio fermento natural não é uma tarefa difícil, porém envolve cuidado e paciência durante o processo. A seguir, resumimos as etapas. Confira!

  • 1º dia — misture em um recipiente de vidro 15 gramas de farinha de trigo de boa qualidade e 30 ml de água. Cubra a mistura com um pano e reserve em local fresco, sem incidência direta da luz do sol.
  • 2º dia — mexa várias vezes ao dia a mistura. Reserve novamente.
  • 3º dia — adicione 30 ml de água e mais 30 gramas da mesma farinha. Misture bem.
  • 4º dia — adicione novamente mais 15 ml de água e 30 gramas da farinha. Mexa algumas vezes ao longo do dia.
  • 5º dia — coloque mais 30 ml de água e 30 gramas de farinha. Misture bem e reserve.
  • 6º dia — é nesse dia que o processo de fermentação começa. A partir daí, é preciso alimentar o fermento. Adicione 30 ml de água e 30 gramas de farinha até a massa dobrar de tamanho.
  • 7º dia — o fermento estará pronto para uso. Caso não utilize todo o produto, é possível conservá-lo na geladeira por até 10 dias.

Fermentação natural: como usar

Há uma diversidade de pães e roscas que podem ser produzidos a partir da fermentação natural. O pão italiano é o mais tradicional e comum. Mas com criatividade é possível ir além e agradar diferentes paladares, seja com ingredientes simples ou sofisticados.

O pão integral é uma ótima opção. Para enriquecê-lo ainda mais em seu teor de fibras, basta acrescentar aveia, centeio, linhaça ou outros cereais benéficos para a saúde. Azeite e ervas também dão um toque especial aos pães. Com a casca crocante e o miolo bem macio, ficam ótimos para serem usados no preparo de sanduíches ou para serem degustados com patês e antepastos.

As roscas podem ser incrementadas com mel, castanhas, nozes, gotas de chocolate, frutas cristalizadas etc. Uma boa dica aqui é ouvir os clientes: pesquise de que sabores eles mais gostam!

Mesmo diante de um cenário econômico difícil, o setor de panificação respira ares de prosperidade. Afinal, a grande maioria da população consume diariamente produtos panificados e não abre mão disso. Por esse motivo, a produção de pães a partir da fermentação natural é uma excelente opção de investimento e uma boa estratégia para diversificar o negócio.

Por fim, veja 7 dúvidas comuns sobre este processo e também 7 cuidados na produção destes pães. Continue a leitura.

Fornos de Panificação
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Blog Comments

Tenho meu fermento natural feito de farinha integral orgânica e água mineral, mas nunca consigo fazer Pão tipo italiano, já tentei vait receitas e sempre Solam, não sei mas o que fazer. Para assar sempre uso a panela de ferro. O que posso fazer?

Olá Mayk, tudo joia? Entre em contato com nosso canal chef no canalchef@praticabr.com ou 11 2526-1200. Eles vão lhe orientar no preparo =)

Qto desse fermento eu uso pra cada kilo de trigo qdo for fazer o pão integral?

Olá Ivone, tudo bem?
A quantidade de fermento depende de quanto tempo será a fermentação do pão ou para quanto tempo se deseja ter o produto.
No caso do fermento natural, a função principal é sabor, cheiro, cor, casca e textura.
De qualquer forma, se usa uma porcentagem de fermento biológico fresco ou seco para conseguir
a gaseificação (crescimento), em diferentes proporções de acordo com o tipo de pão, receita e tamanho unitário.
O máximo que se utiliza é de 40% sobre o peso de farinha, já que o fermento natural tende a ser mais ácido e
pode deixar o pão mais rígido e com menos alvéolos (bolhas de ar) no miolo.
Entre em contato com nosso canal chef no canalchef@praticabr.com ou 11 2526-1200, iremos esclarecer todas as duvidas 🙂

Amoo este pão !

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Márcia aparecida de Araújo

Estou a procura de forno que asse ,que de para colocar +-8grandes para assar e embaixo tenha 8grades para fermentar no mesmo ele tem sistema para assar e depois deixo para fermentar embaixo…

Olá Márcia, tudo bem? Entre em contato com gente pelo telefone 35 3449-1200 ou no e-mail sac@praticabr.com. Aguardamos seu contato =)

Responder

Fabiana Martins Ferreira

Olá, como ele deve ser armazenado na geladeira, em garrafa de plástico fechada ou em pote de vidro com tampa? E se eu quiser usar depois que ele for armazenado na geladeira, devo fazer uma “reforma” no fermento? Se sim, a partir de qual dia “etapa”? Obrigada.

Olá, tudo joia? Nesse post temos algumas orientações sobre o preparo do fermento =) https://blog.praticabr.com/como-produzir-e-cuidar-do-seu-fermento-natural/

Gostei muito de tudo que aqui
Vou começar meu fermento hoje

Amei a receita farei o mais rapido possível obrigada

Amei conhecer a fermentação natural.

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