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Comida afetiva: Como aplicar essa tendência gastronômica no seu negócio

Prática • 24 de fevereiro de 2023
Uma pessoa está mexendo arroz em uma frigideira com uma colher de pau.

A comida afetiva é também conhecida como comfort food. A grande proposta dessa vertente gastronômica é proporcionar boas memórias por meio da comida. Desde crianças temos os sentidos mais aguçados na hora da alimentação. Tanto que os pratos mais coloridos são os preferidos dos pequenos. 

Em cada momento da vida, temos elementos que marcam períodos importantes. Por exemplo, quem nunca se sentiu mais nostálgico depois de sentir um cheirinho de bolo de forno? Geralmente, essa experiência nos remete a um cuidado especial que nossa avó ou mãe teve na nossa infância. 

Visando isso, os restaurantes estão buscando implementar essa ideia que mexe no emocional do seu cliente. Vamos saber mais sobre a comida afetiva que está tão em alta nos últimos tempos.

O que é comida afetiva?

A correria do dia a dia nos impede de apreciar um prato com calma. Talvez, por isso, a comida afetiva esteja ainda mais em alta. É na infância que somos mais estimulados a juntar recordações em meio a momentos em família. É também nessa fase que colocamos os sentidos como paladar, olfato, visão mais ativos para experimentar a comida. 

Sendo assim, esse tipo de variação gastronômica está muito longe de sofisticação. Um prato de canjiquinha pode ser tão nobre quanto um prato com lagostas. Tudo vai depender de quanto a memória valoriza a relação com o prato.

Como surgiu a comida afetiva?

Não é de hoje que as pessoas procuram conforto emocional nos alimentos. Um grande exemplo disso é a comida natalina. Existem até alguns pratos que são exclusivos do período de Natal, como panetone , rabanada, o tradicional peru assado, entre outros.

Mas foi nos anos 2000 que a indústria alimentícia começou a usar termos como prato caseiro, sabor caseiro, feito com amor e comida da vovó. Sem dúvida, grande parte das pessoas que gostam de revisitar memórias passaram a dar preferências a esses produtos alimentícios.

Como implementar elementos da cozinha afetiva 

A cozinha afetiva precisa de elementos que gerem uma memória especial. É muito comum, por exemplo, que os filhos quando saem da casa dos pais, sintam falta da comida da mãe. Assim, a combinação temperada trará sabores que farão lembrar a comidinha bem elaborada. 

Como não se trata de comida sofisticada, não é preciso fazer nada muito elaborado para ganhar a preferência dos clientes de restaurantes. Uma macarronada, por exemplo, pode lembrar aquele domingo em família. 

Exemplos de comida afetiva

As comidas afetivas podem ser segmentadas de várias maneiras. Primeiramente, é preciso saber como mexer com a memória do cliente. Vamos ver alguns exemplos para preparar pratos inesquecíveis.

Comidas nostálgicas

As comidas nostálgicas são uma forma de consolar aqueles que estão longe de suas famílias. Assim como os jovens que saem de casa, tem também pessoas que moram fora de seus países. O mais curioso é que alguns levam café para os novos países, a fim de não perderem o costume de tomar a bebida.

Da mesma maneira, o arroz e o feijão, prato tipicamente brasileiro, fazem muita falta para quem sai da sua terra. Para quem está se sentindo um pouco mais sozinho, a comida traz mais ligação com suas origens. Portanto, por meio dela, há um conforto emocional. É como se, nesse momento, a pessoa pudesse se transportar para seu país de origem.

Comidas de conforto físico

As comidas afetivas têm vários tipos de categorias que podem ser bem segmentadas de acordo com a necessidade do cliente. No caso das comidas de conforto físico, as pessoas procuram alimentos que proporcionam bem-estar.

A composição completa do alimento vai interferir no paladar do cliente e também trará uma ação química no cérebro. Outras pessoas não ficam sem um docinho depois do almoço. E também aqueles que não dispensam um café.

Conclusão

A comida afetiva está nas prateleiras e nos restaurantes que querem surpreender seus clientes com sabor e boas memórias. Com o passar dos anos, o que essas empresas viram foi que não basta apenas alimentar o físico, mas também é preciso abastecer a saúde emocional. Principalmente quando essas pessoas moram longe de suas famílias. 

Seguindo a tendência de mercado, o restaurante que quer manter a fidelidade de seu cliente, pode apostar em enriquecer seu cardápio com pratos feitos com amor e com gostinho caseiro. É uma oportunidade de proporcionar bem-estar. A comida afetiva é mais que comida, é também um bom prato de boas lembranças.

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