Nos supermercados, é possível encontrar comida pronta para levar, seja já embalada ou na rotisserie. Isso não é nenhuma novidade, mas a pergunta que surge é: como isso é feito?
Muitas lojas já contam, desde o projeto inicial, com infraestrutura de cozinha e áreas de embalagem dos mais variados tipos. No entanto, nem sempre a produção consegue atender à demanda ou lida de forma eficiente com o descarte e as perdas.
Ademais há questões de forma de comercialização, seja na disposição dos produtos na área de vendas ou no atendimento no balcão, visando evitar filas nos dias e horários de pico ou em datas comemorativas.
No artigo de hoje, exploraremos algumas alternativas adicionais para oferecer comida pronta nos supermercados, com variedade, qualidade e otimização do serviço. Confira!
Ir ao supermercado para comprar um frango assado, a típica maionese, farofa, um feijão tropeiro ou outro prato para quem não tem tempo, está muito cansado para cozinhar ou deseja conveniência, ou mesmo para experimentar um prato diferente, é uma prática conhecida pelos supermercadistas.
No entanto, em muitos estabelecimentos, a produção segue padrões convencionais, com muitos equipamentos que demandam grandes espaços, envolvem profissionais e têm baixa automação e produtividade, além de pouca flexibilidade.
Além disso, a necessidade de produzir tudo no dia e na hora acarreta horas de trabalho e, por vezes, falta de produtos e pouca variedade, ou então a situação oposta, com excesso de produtos sem garantia de venda.
É bom lembrar também da segurança. Alimentos expostos por muito tempo podem sofrer contaminação e deterioração com esta, manipulação e temperatura ambiente, o que pode desencorajar os clientes a consumi-los.
Outro ponto crítico é a produção não só de frango assado, mas também de outras proteínas. Isto comumente é feito em equipamentos que levam de 3 a 6 horas, para assar estes itens e com necessidade de monitoramento contínuo.
Este tempo longo não só prejudica o peso final das proteínas, prejudicial na balança, devido a desidratação mas também compromete a qualidade, causando ressecamento das mesmas e reclamações dos clientes.
Da mesma forma, seu carregamento e descarregamento são pouco ergonômicos e estes de difícil higienização devido ao excesso de gordura queimada e encrustada em seu interior e que exigem trabalho manual, alto volume de produtos de limpeza.
Ocorre também o risco para a saúde e segurança do operador, com a manipulação e inalação de produtos de limpeza profissionais.
Estes equipamentos podem centralizar a maior parte das funções em cozinhas, reduzindo número de equipamentos e liberando metragem quadrada.
Seus recursos de automação também otimizam a mão de obra, com alta produtividade e graças ao uso das tecnologias de vapor, ar quente ou ambas, é possível se produzir uma infinidade de receitas em um único equipamento.
Já nos fornos combinados, o tempo para assar frangos inteiros com até 1 Kg é de 1 hora e 10 minutos e as funções de vapor combinado e automação de receitas dispensam acompanhamento.
Com um tempo de assar bem inferior, a perda de umidade pelas proteínas é reduzida e há ganhos na balança e uma percepção de qualidade melhor pelo cliente já que esta se mantém tenra e suculenta.
Graças a seu carregamento e descarregamento por carros, a operação é facilitada e a higienização é automática com uso de pastilhas colocadas em seu interior e o operador não tem contato com o produto químico.
Estes equipamentos permitem o resfriamento ou congelamento rápido de alimentos semiprontos ou prontos, possibilitando a produção antecipada, o chamado Cook and Chill. Nesta técnica, toda a produção é feita com muita antecedência, os produtos são congelados com o auxílio do ultracongelador e armazenados em seguida. Posteriormente, eles podem ser finalizados conforme demanda.
Essa finalização pode ser feita no próprio forno combinado, e não há necessidade de se produzir tudo na hora. As vitrines e prateleiras são mantidas abastecidas com variedade, e a perda por descarte é evitada. Em dias de maior fluxo, mais alimentos são regenerados, e em dias de menor fluxo, menos pratos são preparados, o que também não compromete o atendimento.
Uma das dúvidas que surgem é quanto à qualidade. Os ultracongeladores trabalham a -35°C e garantem que o alimento mantenha sua estrutura, características de cor, aroma, textura e sabor, contribuindo acima de tudo para a segurança, pois as baixas temperaturas evitam a proliferação microbiológica.
Ao regenerá-los em forno combinado, a qualidade também é mantida, pois o equipamento dispõe de recursos específicos para essa função, e o uso do vapor também evita ressecamento e desidratação.
Ao adotar a regeneração conforme demanda, há também maior segurança no serviço, já que o alimento ficará exposto somente pelo tempo estimado para sua venda e reposição, ou seja, retirado da estocagem fria para a regeneração e prateleira somente quando necessário.
Isto é, comida pronta, de qualidade e sem desperdícios!
A expressão inglesa "Pegar e ir", que significa "Grab and Go", é uma estratégia de venda amplamente conhecida, que consiste em oferecer comida pronta pré-pesada e devidamente embalada nas prateleiras, com preços para que os clientes simplesmente os peguem e levem para casa.
No entanto, se aplicada de forma incorreta, pode não surtir o efeito desejado. Algumas dicas para garantir que sua loja venda ao máximo nesse meio:
1. Conheça o público: Isso possibilita a escolha de um cardápio mais adequado e determina a gramatura de cada porção e o tamanho da embalagem.
2. Precificação: Se os preços não corresponderem à realidade dos clientes, isso pode assustá-los e desestimulá-los, levando sua loja a ser taxada como "cara".
3. Apresentação e aspecto: Os produtos devem estar bem apresentados. Se forem mal apresentados, os consumidores podem deixar de comprá-los.
4. Variedade: Mantenha as prateleiras sempre ricas, coloridas, organizadas e identificadas.
5. Reposição: Designe um colaborador para manter o "Grab and Go" sempre bem abastecido, com produtos frescos.
6. Não deixe de fornecer produtos que são líderes de vendas: Se um item vende bem, ele precisa estar sempre disponível.
7. Visibilidade e informações: Este sistema precisa estar em destaque. Invista em comunicação visual.
8. Preste atenção no comportamento do seu cliente: O que está sendo mais procurado? O que estão deixando de levar e por quê?
9. Promoções e datas festivas: Faça promoções do "Grab and Go", isso estimulará as vendas e trará rotatividade dos produtos e rendimento no caixa.
10. Fique de olho no atendimento: Os clientes desejam facilidade e rapidez. Se tiverem que esperar na fila, todo o tempo economizado no sistema é perdido no caixa.
A crescente demanda por conveniência e praticidade tem impulsionado a oferta de comida pronta nos supermercados, sendo os conceitos de Rotisseria e "Grab and Go" uma resposta eficaz a esse cenário.
A implementação de tecnologias como ultracongeladores e fornos combinados tem revolucionado a produção e preservação dos alimentos, garantindo qualidade, segurança e variedade aos consumidores.
Em suma, a comida pronta no supermercado, aliada ao uso inteligente de tecnologias e estratégias, representa não apenas uma comodidade para os consumidores, mas também uma oportunidade para os supermercadistas expandirem seus negócios e maximizarem suas vendas.
Por fim, se deseja aprender mais sobre o uso do ultracongelamento na gastronomia, clique aqui.
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