Controle de qualidade de alimentos: veja dicas para manter

Prática • abr. 24, 2019

O controle de qualidade na indústria de alimentos é fundamental para garantir a segurança, principalmente sanitária, dos produtos fabricados. Além disso, as empresas que fazem isso de forma eficiente agregam valor à sua marca e aos seus produtos, gerando uma importante vantagem competitiva.

Para tal, é preciso ter uma atenção especial a uma série de detalhes que nem todas as empresas observam. Você é capaz de afirmar com absoluta certeza que a sua fábrica tem um controle realmente eficaz da qualidade dos alimentos que produz?

Se essa pergunta deixou você em dúvida, este artigo vai ajudar! Veja o que é preciso para ter um controle de qualidade eficiente em sua empresa e quais são as exigências legais que devem ser verificadas. Aproveite o conteúdo e boa leitura!

Implemente um programa de controle de qualidade de alimentos

O primeiro passo para ter um eficaz controle de qualidade na indústria de alimentos é planejar e implementar um programa que atenda às especificidades do negócio. Vamos explicar, a seguir, os principais pontos de atenção que você deve observar.

Monte um planejamento de análise por produto

Cada produto tem características específicas, o que requer alguns cuidados diferenciados. Dessa forma, nem sempre é possível determinar regras generalizadas de análise e controle, pois isso as tornam ineficientes. Alimentos que passam pelo forno devem ter normas diferentes daqueles que passam por fritura, por exemplo.

Comece o planejamento categorizando os produtos e agrupando-os conforme seus atributos e etapas de produção. Isso ajuda a organizar os processos, melhorar a padronização e avaliar os pontos principais de cada um deles de forma mais precisa.

Padronize os procedimentos

A padronização dos procedimentos garante a uniformidade dos produtos fabricados, bem como a garantia de atendimento a todos os pré-requisitos básicos de segurança e qualidade alimentar. Entre os principais benefícios estão:

  • maior eficácia nos processos,
  • redução do tempo de produção;
  • redução de perdas e desperdícios de insumos;
  • alinhamento da equipe quanto à execução das tarefas;
  • garantia do cumprimento de todas as exigências legais;
  • facilidade em localizar pontos de melhorias.

Determine os pontos de controle

Cada um dos processos de produção elaborados precisa contar com pontos de controle no decorrer das etapas. É importante ressaltar que o ideal é equilibrar a quantidade de pontos de forma a evitar resultados fora dos padrões estabelecidos, sem comprometer a velocidade do fluxo de produção.

Os pontos de controle mais comuns na indústria de alimentos são:

  • configuração dos equipamentos utilizados no preparo e cocção ;
  • prazo de validade e características físicas dos ingredientes;
  • resultado parcial dos produtos a cada etapa do processo de fabricação;
  • adequação dos locais e equipamentos de armazenamento dos produtos finalizados.

Defina os indicadores que serão acompanhados

Os indicadores são os quantificadores dos pontos de controle. Em outras palavras, eles definem os parâmetros de qualidade esperados em cada um dos pontos de controle, permitindo a comparação e validação dos produtos ao passar por cada um deles.

Por exemplo, na questão dos equipamentos, um indicador muito importante é a temperatura proporcionada pelo ultracongelador para a conservação adequadas dos alimentos. Ou, quanto às características dos produtos no decorrer do processo de produção, podem ser avaliados: peso, dimensões, cor, odor, temperatura, sabor entre outros.

Faça análise e registro dos resultados

Depois de definir tudo o que será medido, é hora de implementar a parte prática do planejamento de controle da qualidade na indústria de alimentos. Para isso, mantenha uma rotina de verificações e registros dos dados coletados, sempre observando se existem desvios nos valores encontrados.

A análise dos dados deve levar em consideração os parâmetros determinados e uma margem de erro que não comprometa a qualidade do produto. Eles devem compor um banco de dados que permita consultas para a elaboração de estratégias futuras.

Tenha um plano de contingência

Saber o que fazer quando um desvio significativo é encontrado é um dos pontos mais importantes e críticos de um programa de controle da qualidade. Em diversos casos, um lote inteiro de produtos pode ser recuperado se as providências corretas forem tomadas a tempo.

Por isso, elabore procedimentos contingenciais de acordo com cada ponto de controle e treine toda a equipe periodicamente. Afinal, eles precisam estar preparados para atuar de forma adequada, caso seja necessário.

Garanta as certificações mínimas dos produtos

O controle de qualidade na indústria de alimentos requer atenção a algumas certificações que atestam sua segurança e integridade. Para obtê-las, é preciso cumprir com uma série de exigências legais, de acordo com a atividade da empresa e tipo de produto que ela produz. Confira os detalhes a seguir.

Conheça as exigências legais mínimas para controle de qualidade de alimentos

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária — ANVISA — é o órgão federal que determina as normas gerais a serem seguidas pelas empresas que atuam no setor alimentício. Em seu portal , qualquer cidadão tem acesso às legislações vigentes acerca de todos os procedimentos e produtos permitidos e proibidos na indústria de alimentos.

Além dela, o Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento — MAPA — mantém um sistema de consulta à legislação que facilita a busca por assuntos mais específicos. É fundamental que, como gestor de uma empresa do ramo, você utilize esses dois canais para se manter a par das mudanças e atualizações que afetem a sua fábrica.

Verifique as leis específicas aplicáveis ao controle de qualidade de alimentos do seu negócio

Outro ponto que requer certo cuidado em relação à legislação é referente às particularidades de alguns negócios, principalmente no que tange aos mercados atendidos pela sua empresa.

O mercado internacional, por exemplo, faz exigências diferentes do nacional. É preciso garantir o cumprimento de ambas as normas para evitar problemas de escoamento da produção e perda de espaço no mercado.

Como você pôde notar, o controle de qualidade na indústria de alimentos demanda muito cuidado ao longo de toda a cadeia produtiva. Entretanto, todo esse esforço gera recompensas que tornam o negócio mais rentável, agregando valor e confiabilidade à marca. Aproveite as dicas deste artigo e reveja o controle realizado em sua fábrica!

Finalmente, veja também como fazer o congelamento correto de alimentos e as principais diferenças entre equipamentos para esta função. Continue a leitura.

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O design é uma disciplina que envolve a criação, planejamento e execução de soluções para resolver um problema ou atender a uma necessidade específica. Ele abrange uma ampla variedade de campos e pode ser aplicado a produtos, serviços, ambientes, comunicações e interações. Não se limitando apenas à estética visual, embora isso seja uma parte importante. Ele também considera a funcionalidade, usabilidade, ergonomia e a experiência geral do usuário. O processo geralmente envolve a pesquisa, concepção, prototipagem, testes e implementação. Ele está em diversos aspectos da vida cotidiana, desde a embalagem de produtos que compramos até a interface de aplicativos que usamos e ele pode ser também aplicado nas padarias. Confira nosso conteúdo a seguir e aprenda mais sobre o assunto. Quais os princípios do design? Equilíbrio Simétrico: Distribuição equitativa de elementos de forma semelhante de ambos os lados de um eixo central. Assimétrico: Distribuição equilibrada de elementos visuais sem depender da simetria. Contraste Criação de diferenças visuais entre elementos, como cor, tamanho, forma ou textura, para destacar ou enfatizar. Alinhamento Posicionamento cuidadoso de elementos para garantir uma disposição ordenada e organizada. Repetição Utilização de padrões repetitivos para criar consistência e coesão visual. Ênfase Destaque de elementos importantes para chamar a atenção do espectador. Proporção Relação harmônica entre diferentes partes de um design, contribuindo para uma estética equilibrada. Hierarquia Organização visual de elementos para indicar a importância ou a ordem de leitura. Espaço Gerenciamento eficaz do espaço negativo e positivo para melhorar a legibilidade e a compreensão. Simplicidade Eliminação de elementos desnecessários para criar designs claros e diretos. Coesão Relacionamento visual entre elementos para garantir que o design funcione como uma unidade integrada. O Design aplicado às padarias Ao contrário do que se pensa, estas técnicas não se reservam apenas a projetos de grandes arquitetos mas podem ser perfeitamente aplicadas a todos os negócios e tanto a sua identidade quanto Atração Visual: quando bem pensado pode atrair a atenção, tornando a padaria mais convidativa e aumentando o potencial de atração de novos clientes. Identidade Forte: uma aplicação consistente com logotipos, esquemas de cores e outros elementos que distinguem a padaria no mercado. Experiência do Cliente Aprimorada: um design cuidadoso não se limita apenas à estética, mas também à experiência geral do cliente. Facilidade de Navegação: facilita a navegação dos clientes pela padaria. Isso pode resultar em uma experiência de compra mais agradável e eficiente. Destaque de Produtos: pode ser usado para destacar produtos específicos, promovendo itens. Isso pode influenciar as decisões de compra dos clientes. Credibilidade e Profissionalismo: quando bem executado transmite uma imagem de profissionalismo e atenção aos detalhes, o que pode aumentar a credibilidade. Diferenciação no Mercado: a aplicação eficaz dos princípios pode diferenciar a padaria de seus concorrentes, ajudando-a a se destacar e conquistar uma parcela do mercado. Comunicação Eficaz: sinalizações claras e comunicação visual, facilitam a transmissão de informações, promoções e ofertas especiais. Cuidados com design na padaria Excesso de móveis Estes não devem comprometer o espaço e a circulação dos clientes, e no caso de mesas e cadeiras, devem ser suficientes para acomodá-los. Paisagismo Se há uso de plantas e jardins naturais, estes devem ter rega, limpeza e manutenção constante para permanecerem bonitos. Uso de buffets Estes não devem "roubar" espaço e não prejudicar a circulação. Precisam ser dimensionados conforme a demanda e variedade do cardápio. Mesas e cadeiras extras Havendo falta, reavalie o espaço, remova itens e outros móveis, e disponibilize local para mais destas. Afinal, o cliente é mais importante. Manutenção de fachada Faça limpeza e manutenção periódica da fachada. Iluminação, comunicação visual, contatos, tudo deve estar visível. Exposição de materiais embaixo do balcão Embora possa ser visto como economia e aproveitamento de espaço, prefira manter materiais e embalagens guardados. Iluminação O propósito desta é tornar seu ambiente e produtos visíveis. Reveja o uso desta como decoração. Ademais, ela consome energia elétrica também. Tente usar mais luz natural nos seus projetos. Fotos e imagens Todas as fotos de produtos e decorativas devem estar em bom estado e atualizadas. Dê preferência às de seus próprios produtos. Freezers e geladeiras Devem estar posicionados estrategicamente aos produtos relacionados e ser suficientes para os produtos desejados. Itens e elementos decorativos Devem estar de acordo com o estilo do estabelecimento e não em excesso, desviando a atenção de seus produtos. Os sazonais devem ser removidos assim que passarem as datas comemorativas. Conveniência Concentre-se em itens que vendem juntamente com seus produtos e atendam à demanda dos clientes. Pisos Fique atento ao tipo, limpeza diária e conservação. Sempre que houver danos, programe a manutenção ou troca. Vitrines Estas precisam ser suficientes para variedade de produtos e repostas continuamente. Vitrine vazia não vende. Foco no produto O foco é a venda do que é produzido na padaria. Evite produtos e serviços que não complementem ou não vendam seus produtos. Frente de loja Um conceito que tem auxiliado as padarias, confeitarias e outros empreendimentos do ramo de alimentação é o uso de fornos vitrine na área de vendas. O objetivo desses equipamentos é assar produtos em menor quantidade, mas constantemente e com variedade. Dessa forma, seus clientes verão que há produtos frescos saindo a todo momento, e o aroma de pão é irresistível. Além disso, muitas pessoas desconhecem a fabricação do pão e, mesmo para aqueles que já conhecem, é muito atrativo, e sua padaria certamente chamará a atenção. Outro ponto positivo é que ao assar produtos em menores quantidades, eles se mantêm frescos e ocorre menor desperdício por itens que são assados além do necessário. Sobram, perdem a qualidade gradativamente e, depois, devem ser descartados. Conclusão Em síntese, ao considerarmos a importância do design nas padarias, compreendemos que a estética e a funcionalidade desempenham papéis cruciais na atração e fidelização de clientes. Desde a disposição dos produtos até a escolha de equipamentos como fornos vitrine, o design influencia diretamente na experiência do consumidor. A harmonia visual aliada à praticidade operacional não apenas agrega valor à padaria, mas também cria uma atmosfera convidativa. A implementação cuidadosa do design não só destaca a frescura e a variedade dos produtos, como também reduz desperdícios, promovendo a sustentabilidade no processo. Assim, ao reconhecermos a relevância do design, as padarias não apenas aprimoram seu apelo estético, mas também otimizam operações, conquistando clientes e assegurando um espaço distintivo no mercado gastronômico. E agora que tal aplicar os mesmos conceitos com na exposição de produtos? Clique aqui e veja nosso conteúdo sobre o vitrinismo. 
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