Alimentação Hipoalergênica: confira os cuidados

Prática • jun. 01, 2022

Você sabia que existe um tipo de alimentação que precisa ser levado em consideração nos negócios alimentícios e vai muito além do “sem glúten” e “sem lactose”? Estamos falando sobre a alimentação hipoalergênica, uma tendência que vale a pena ficar de olho.

Neste post, você vai saber como e quais grupos de alimentos podem ser substituídos, quais as formas de armazená-los, alternativas para não precisar acondicioná-los, cuidado na preparação dos pedidos, além de outros aspectos relacionados ao assunto. Boa leitura!

O que é alimentação hipoalergênica?

São considerados alimentos hipoalergênicos aqueles que não têm ingredientes potencialmente alergênicos, de forma direta ou indireta, em sua composição. Isso significa que os cuidados tomados tanto na preparação quanto na manipulação dos pratos prontos devem ser prioridade para os estabelecimentos que desejam oferecer essa opção.

Muitos alimentos são considerados hipoalergênicos e servem como opções para a criação de novas refeições no cardápio ou adaptação do que já é servido. Veja alguns deles, por exemplo:

  • a maioria das hortaliças, frutas e verduras;
  • a grande maioria dos grãos, como arroz e feijão;
  • proteínas como um todo, como frango, peixe, carne bovina e suína;
  • azeite de oliva;
  • óleo de girassol;
  • temperos naturais.

Por que preparar alimentos hipoalergênicos?

A principal razão para investir em preparações hipoalergênicas é ampliar o cardápio para atender um maior número de pessoas. Mas se esta não era uma preocupação em particular antes, por que preocupar-se com isso agora?

A resposta para essa pergunta está no fato de que, em termos de saúde pública, a alergia alimentar tem sido apontada como um motivo de preocupação e atinge crianças, jovens e adultos.

Destacam-se dentre os alimentos potenciais causadores de alergia:

  • frutos do mar;
  • castanhas;
  • amendoim;
  • lactose e proteína do leite;
  • trigo;
  • soja;
  • ovos.

Esses são os que mais se destacam, embora mais de 100 alimentos possam compor a lista de potencialmente alergênicos em pessoas sensíveis. Os efeitos das alergias alimentares vão desde vermelhidão na pele, mal-estar, inchaço, dificuldade respiratória e até mesmo casos extremos, como o choque anafilático.

Como adicionar a alimentação hipoalergênica nos negócios?

Para incluir pratos hipoalergênicos no cardápio, convém realizar algumas adequações, conforme indicaremos a seguir.

Contaminação cruzada

Como a ideia é incluir, e não excluir, o que você já oferece aos clientes, o primeiro passo é planejar, preferencialmente com a ajuda de um profissional da área de nutrição. Com isso, é possível checar o que você pode adaptar dos pratos já existentes.

Uma vez feito o planejamento, é preciso evitar a contaminação cruzada, algo que acontece quando alimentos hipoalergênicos são manipulados com os potencialmente alergênicos. Dessa forma, para impedir que ocorra esse tipo de contaminação, o espaço físico, os equipamentos e os utensílios devem ser utilizados de forma exclusiva, bem como deve-se evitar que os mesmos profissionais manipulem as duas categorias de alimentos.

Origem dos alimentos

Todo o cuidado na contaminação cruzada será desperdiçado se não houver atenção e critério na escolha dos fornecedores dos alimentos. É necessário, portanto, garantir que eles também sigam as mesmas normas de segurança e controle de qualidade que você vai adotar no local de manipulação dos pratos.

Visitar os fornecedores pessoalmente para entender a dinâmica de manipulação, armazenamento e entregas deve fazer parte da estratégia de controle de qualidade, pois, como visto, uma reação alérgica pode ser irreversível para quem consome o produto.

Higienização das peças e local de manipulação e armazenamento

Alguns produtos de limpeza contém glúten e outros alergênicos na fórmula, por isso, é preciso treinar os profissionais para dar atenção a todos os detalhes, não somente ao preparo.

Outro ponto importante está relacionado ao uniforme dos profissionais, que deve ser utilizado apenas no ambiente de manipulação, a fim de evitar o transporte de alimentos alergênicos nos tecidos.

Embalagens e entregas

Para evitar a contaminação externa, é preciso lacrar bem as embalagens. Além disso, o meio de transporte deve conter todos os cuidados necessários para que a embalagem da refeição chegue até o cliente de forma íntegra.

Muito além do “sem glúten” e “sem lactose”

Atualmente, existem empresas que estão dedicadas a contribuir com esse tipo de solução alimentícia. É o caso da Mandala Comidas Especiais, que aposta em refeições de diversas modalidades, como refeições, sopas, lanches, salgadinhos, pães e doces.

Com esses exemplos, vemos que é possível adaptar os alimentos de consumo cotidiano para opções hipoalergênicas.

Substituindo os alimentos

  • temperos prontos e saborizantes podem ser substituídos por condimentos frescos e naturais;
  • óleo de soja, por óleo de girassol;
  • lácteos e derivados, por leite de coco, leite de arroz, entre outros;
  • sobremesas feitas com farinha de trigo podem ser substituídas por farinha de arroz, fécula de batata, entre outros.

No mais, tomadas as precauções de contaminação cruzada, como visto no tópico relativo ao tema, você pode utilizar a maioria dos hortifrútis na produção de um menu hipoalergênico, dando possibilidade para adaptações dos mais diversos pratos em cores, sabores e texturas.

Armazenamento

Para os cuidados de armazenamento, vale a mesma regra apontada nos demais itens. Todo o cuidado para que haja um espaço exclusivo e com embalagens bem lacradas. Para armazenar pratos prontos, especialmente para os estabelecimentos que estão iniciando e testando essa nova categoria de alimentação, vale investir na técnica de ultracongelamento.

Dessa forma, além de eliminar a necessidade de utilizar conservantes, mantêm-se a integridade dos nutrientes, o aspecto, a cor e a forma dos alimentos. Com isso, também é possível garantir a segurança alimentar, já que o risco de contaminação é baixíssimo com o processo.

Conclusão

Neste post, mostramos que a alimentação hipoalergênica é uma forma de atrair mais consumidores para os negócios alimentícios e que adotar um menu hipoalergênico exige algumas adaptações que visam a saúde e a segurança dos clientes.

Quer entender melhor como funciona o ultracongelamento e como ele pode ser um aliado nessa nova demanda? Então c onfira nosso artigo sobre a aplicação do ultracongelamento na gastronomia.

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O design é uma disciplina que envolve a criação, planejamento e execução de soluções para resolver um problema ou atender a uma necessidade específica. Ele abrange uma ampla variedade de campos e pode ser aplicado a produtos, serviços, ambientes, comunicações e interações. Não se limitando apenas à estética visual, embora isso seja uma parte importante. Ele também considera a funcionalidade, usabilidade, ergonomia e a experiência geral do usuário. O processo geralmente envolve a pesquisa, concepção, prototipagem, testes e implementação. Ele está em diversos aspectos da vida cotidiana, desde a embalagem de produtos que compramos até a interface de aplicativos que usamos e ele pode ser também aplicado nas padarias. Confira nosso conteúdo a seguir e aprenda mais sobre o assunto. Quais os princípios do design? Equilíbrio Simétrico: Distribuição equitativa de elementos de forma semelhante de ambos os lados de um eixo central. Assimétrico: Distribuição equilibrada de elementos visuais sem depender da simetria. Contraste Criação de diferenças visuais entre elementos, como cor, tamanho, forma ou textura, para destacar ou enfatizar. Alinhamento Posicionamento cuidadoso de elementos para garantir uma disposição ordenada e organizada. Repetição Utilização de padrões repetitivos para criar consistência e coesão visual. Ênfase Destaque de elementos importantes para chamar a atenção do espectador. Proporção Relação harmônica entre diferentes partes de um design, contribuindo para uma estética equilibrada. Hierarquia Organização visual de elementos para indicar a importância ou a ordem de leitura. Espaço Gerenciamento eficaz do espaço negativo e positivo para melhorar a legibilidade e a compreensão. Simplicidade Eliminação de elementos desnecessários para criar designs claros e diretos. Coesão Relacionamento visual entre elementos para garantir que o design funcione como uma unidade integrada. O Design aplicado às padarias Ao contrário do que se pensa, estas técnicas não se reservam apenas a projetos de grandes arquitetos mas podem ser perfeitamente aplicadas a todos os negócios e tanto a sua identidade quanto Atração Visual: quando bem pensado pode atrair a atenção, tornando a padaria mais convidativa e aumentando o potencial de atração de novos clientes. Identidade Forte: uma aplicação consistente com logotipos, esquemas de cores e outros elementos que distinguem a padaria no mercado. Experiência do Cliente Aprimorada: um design cuidadoso não se limita apenas à estética, mas também à experiência geral do cliente. Facilidade de Navegação: facilita a navegação dos clientes pela padaria. Isso pode resultar em uma experiência de compra mais agradável e eficiente. Destaque de Produtos: pode ser usado para destacar produtos específicos, promovendo itens. Isso pode influenciar as decisões de compra dos clientes. Credibilidade e Profissionalismo: quando bem executado transmite uma imagem de profissionalismo e atenção aos detalhes, o que pode aumentar a credibilidade. Diferenciação no Mercado: a aplicação eficaz dos princípios pode diferenciar a padaria de seus concorrentes, ajudando-a a se destacar e conquistar uma parcela do mercado. Comunicação Eficaz: sinalizações claras e comunicação visual, facilitam a transmissão de informações, promoções e ofertas especiais. Cuidados com design na padaria Excesso de móveis Estes não devem comprometer o espaço e a circulação dos clientes, e no caso de mesas e cadeiras, devem ser suficientes para acomodá-los. Paisagismo Se há uso de plantas e jardins naturais, estes devem ter rega, limpeza e manutenção constante para permanecerem bonitos. Uso de buffets Estes não devem "roubar" espaço e não prejudicar a circulação. Precisam ser dimensionados conforme a demanda e variedade do cardápio. Mesas e cadeiras extras Havendo falta, reavalie o espaço, remova itens e outros móveis, e disponibilize local para mais destas. Afinal, o cliente é mais importante. Manutenção de fachada Faça limpeza e manutenção periódica da fachada. Iluminação, comunicação visual, contatos, tudo deve estar visível. Exposição de materiais embaixo do balcão Embora possa ser visto como economia e aproveitamento de espaço, prefira manter materiais e embalagens guardados. Iluminação O propósito desta é tornar seu ambiente e produtos visíveis. Reveja o uso desta como decoração. Ademais, ela consome energia elétrica também. Tente usar mais luz natural nos seus projetos. Fotos e imagens Todas as fotos de produtos e decorativas devem estar em bom estado e atualizadas. Dê preferência às de seus próprios produtos. Freezers e geladeiras Devem estar posicionados estrategicamente aos produtos relacionados e ser suficientes para os produtos desejados. Itens e elementos decorativos Devem estar de acordo com o estilo do estabelecimento e não em excesso, desviando a atenção de seus produtos. Os sazonais devem ser removidos assim que passarem as datas comemorativas. Conveniência Concentre-se em itens que vendem juntamente com seus produtos e atendam à demanda dos clientes. Pisos Fique atento ao tipo, limpeza diária e conservação. Sempre que houver danos, programe a manutenção ou troca. Vitrines Estas precisam ser suficientes para variedade de produtos e repostas continuamente. Vitrine vazia não vende. Foco no produto O foco é a venda do que é produzido na padaria. Evite produtos e serviços que não complementem ou não vendam seus produtos. Frente de loja Um conceito que tem auxiliado as padarias, confeitarias e outros empreendimentos do ramo de alimentação é o uso de fornos vitrine na área de vendas. O objetivo desses equipamentos é assar produtos em menor quantidade, mas constantemente e com variedade. Dessa forma, seus clientes verão que há produtos frescos saindo a todo momento, e o aroma de pão é irresistível. Além disso, muitas pessoas desconhecem a fabricação do pão e, mesmo para aqueles que já conhecem, é muito atrativo, e sua padaria certamente chamará a atenção. Outro ponto positivo é que ao assar produtos em menores quantidades, eles se mantêm frescos e ocorre menor desperdício por itens que são assados além do necessário. Sobram, perdem a qualidade gradativamente e, depois, devem ser descartados. Conclusão Em síntese, ao considerarmos a importância do design nas padarias, compreendemos que a estética e a funcionalidade desempenham papéis cruciais na atração e fidelização de clientes. Desde a disposição dos produtos até a escolha de equipamentos como fornos vitrine, o design influencia diretamente na experiência do consumidor. A harmonia visual aliada à praticidade operacional não apenas agrega valor à padaria, mas também cria uma atmosfera convidativa. A implementação cuidadosa do design não só destaca a frescura e a variedade dos produtos, como também reduz desperdícios, promovendo a sustentabilidade no processo. Assim, ao reconhecermos a relevância do design, as padarias não apenas aprimoram seu apelo estético, mas também otimizam operações, conquistando clientes e assegurando um espaço distintivo no mercado gastronômico. E agora que tal aplicar os mesmos conceitos com na exposição de produtos? Clique aqui e veja nosso conteúdo sobre o vitrinismo. 
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