Personal chef: como cobrar por esse serviço?

Prática • mai. 11, 2022

Exclusividade, comodidade e clima intimista são palavras de ordem para quem deseja se dedicar à carreira de personal chef, já que cada vez mais pessoas estão optando por essa forma de vivenciar as experiências gastronômicas. 

Neste post, portanto, vamos explicar o que faz esse profissional e como funciona o serviço prestado por ele, além de trazer orientações de precificação e dicas para se destacar nesse mercado que só tende a crescer. Quer ficar por dentro do assunto? Então continue a leitura.

O que é um personal chef ?

Como o próprio nome sugere, trata-se de um chef que atua de forma personalizada, privada, familiar ou pessoal, atendendo às necessidades do cliente em termos de cardápio, dia, horário e local, definidos na ocasião da contratação.

Assim, é um profissional com formação na área gastronômica, que está sempre atualizando suas técnicas, tem boa relação interpessoal e é flexível para se adaptar. Além disso, é criativo o suficiente para adequar seus cardápios para diferentes tipos de gostos e necessidades e organizado tanto para estabelecer sua própria rotina de trabalho quanto para atender e atuar em diferentes espaços.

Diferencial

Ao contrário da atuação em um restaurante, em que muitas vezes o chef deve seguir as recomendações do estabelecimento, o personal chef pode atuar de forma diversificada e autônoma. Por exemplo, oferecendo uma certa quantidade de cardápios que podem ser adaptados conforme a contratação.

É possível destacar-se, ainda, oferecendo opções específicas como pratos aptos para veganos e vegetarianos, para o público celíaco, pessoas com restrições alimentares ou cardápios funcionais.

A execução do prato é feita na casa ou no espaço selecionado pelo cliente, que também pode optar por ter a refeição servida pelo personal chef. Deve-se combinar previamente se a compra dos ingredientes será feita pelo personal chef e cabe destacar que a organização e limpeza dos utensílios também é responsabilidade do profissional, caso seja combinado dessa forma.

Precificação do serviço

Mas afinal, com tantas variáveis, como é feito o cálculo para cobrar por esse serviço? Alguns fatores que você deve levar em conta no momento de precificar. Veja a seguir.

Pesquisa de mercado

A localização e o público que v ocê vai atender são informações importantes na hora de precificar. Dessa forma, ao conhecer o cliente para quem se deseja trabalhar, é possível saber quanto ele está disposto a pagar pelo serviço, a periodicidade que frequenta restaurantes, com quantas pessoas costuma compartilhar esses momentos, datas comemorativas celebradas por ele, entre outras informações relevantes.

A localização também é de suma importância, já que cada região costuma atuar com valores diferentes.

Custo do serviço

Para calcular o custo do serviço, considere os seguintes aspectos:

  • número de pessoas: o valor final é dado por pessoa;
  • cardápio: entrada, prato principal, sobremesa, bebidas;
  • ingredientes: deverão estar contemplados os ingredientes aptos para dietas com restrições e outros aspectos que fogem ao convencional;
  • tempo: tenha um tempo estimado para pesquisa de fornecedores, compra dos ingredientes, preparação, deslocamento até o local, escolha e contratação de pessoal, limpeza dos utensílios e entrega dos pratos;
  • deslocamento: valor gasto de combustível ou a forma de deslocamento utilizada para chegar ao local combinado;
  • tributos: considere a carga tributária. Se você paga por emissão de nota ou um valor fixo mensal, inclua o proporcional no custo do serviço;
  • contratação: dependendo da quantidade de pessoas, pode ser necessário incluir as despesas com ajudantes ;
  • divulgação: proporcional gasto para divulgação dos seus serviços.

Preço de venda

Um erro muito comum é confundir o valor de custo com o de venda. O custo é o valor real gasto para a execução do serviço, ou seja, o valor operacional. Já o preço de venda deve incluir o lucro que você deseja obter do seu trabalho. Assim, você deve calcular o lucro sobre o valor operacional e considerando a pesquisa de mercado.

Dessa forma, para calcular o preço de venda, faça o seguinte cálculo:

  • PV (preço de venda) = VO (valor operacional) + L (lucro)

O preço de venda pode sofrer alteração, caso haja itens adicionais, conforme explicaremos no próximo tópico. Nesse caso, deve-se incluir os adicionais no valor operacional.

Adicionais

Veja o que pode ser considerado como item adicional:

  • culinárias diversificadas na mesma contratação: regionais, internacionais, orientais, árabes, etc;
  • mesmos pratos com variações na mesma contratação: por exemplo, pratos com ingredientes de origem animal e aptos para veganos;
  • ingredientes que você não encontra facilmente no mercado: o que demanda mais tempo de procura e negociação de preço com os fornecedores;
  • técnicas mais elaboradas: que requeiram deslocamentos de muitos utensílios;
  • elaborações com restrições: sem lactose, glúten, etc.;
  • ambientação: você também pode cobrar a decoração do ambiente como item adicional;
  • utensílios especiais: alguns cardápios pedem itens específicos para servir, como no caso da comida japonesa, por exemplo;
  • dia da semana: final de semana, dia de semana ou feriados podem ser incluídos como item adicional, bem como se a contratação é feita com mais ou menos dias de antecedência.

Divulgação

No momento de iniciar e acompanhar a pesquisa de mercado, é importante registrar quais são os meios que seu público utiliza para realizar suas experiências gastronômicas. Algumas possibilidades são: redes sociais , revistas especializadas, indicações de amigos.

Para quem está começando, existem sites destinados a esse tipo de divulgação, no qual o personal chef oferece certa quantidade de pratos no cardápio e os clientes fazem o contato diretamente pela página.

Os sites também podem estar destinados a um maior ou menor grupo de pessoas, podendo atender tanto residências quanto empresas ou grandes eventos.

Destaque-se!

Todo profissional que pretende ser bem-sucedido não deve deixar de lado o aprimoramento constante. As novidades surgem a todo momento no mercado e é essencial manter-se atualizado para se destacar, ser valorizado e poder cobrar preços que estejam a altura dos seus objetivos.

Manter o foco no que deseja alcançar, definir bem o público que deseja atender e atualizar o cardápio de acordo com as exigências dos seus clientes também facilita suas estratégias de divulgação como personal chef e seu posicionamento como autoridade no mercado.

Agora que você já sabe o que faz o personal chef e como cobrar pelo serviço, descubra também como montar um menu online e disponibilizá-lo para seus clientes.

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O design é uma disciplina que envolve a criação, planejamento e execução de soluções para resolver um problema ou atender a uma necessidade específica. Ele abrange uma ampla variedade de campos e pode ser aplicado a produtos, serviços, ambientes, comunicações e interações. Não se limitando apenas à estética visual, embora isso seja uma parte importante. Ele também considera a funcionalidade, usabilidade, ergonomia e a experiência geral do usuário. O processo geralmente envolve a pesquisa, concepção, prototipagem, testes e implementação. Ele está em diversos aspectos da vida cotidiana, desde a embalagem de produtos que compramos até a interface de aplicativos que usamos e ele pode ser também aplicado nas padarias. Confira nosso conteúdo a seguir e aprenda mais sobre o assunto. Quais os princípios do design? Equilíbrio Simétrico: Distribuição equitativa de elementos de forma semelhante de ambos os lados de um eixo central. Assimétrico: Distribuição equilibrada de elementos visuais sem depender da simetria. Contraste Criação de diferenças visuais entre elementos, como cor, tamanho, forma ou textura, para destacar ou enfatizar. Alinhamento Posicionamento cuidadoso de elementos para garantir uma disposição ordenada e organizada. Repetição Utilização de padrões repetitivos para criar consistência e coesão visual. Ênfase Destaque de elementos importantes para chamar a atenção do espectador. Proporção Relação harmônica entre diferentes partes de um design, contribuindo para uma estética equilibrada. Hierarquia Organização visual de elementos para indicar a importância ou a ordem de leitura. Espaço Gerenciamento eficaz do espaço negativo e positivo para melhorar a legibilidade e a compreensão. Simplicidade Eliminação de elementos desnecessários para criar designs claros e diretos. Coesão Relacionamento visual entre elementos para garantir que o design funcione como uma unidade integrada. O Design aplicado às padarias Ao contrário do que se pensa, estas técnicas não se reservam apenas a projetos de grandes arquitetos mas podem ser perfeitamente aplicadas a todos os negócios e tanto a sua identidade quanto Atração Visual: quando bem pensado pode atrair a atenção, tornando a padaria mais convidativa e aumentando o potencial de atração de novos clientes. Identidade Forte: uma aplicação consistente com logotipos, esquemas de cores e outros elementos que distinguem a padaria no mercado. Experiência do Cliente Aprimorada: um design cuidadoso não se limita apenas à estética, mas também à experiência geral do cliente. Facilidade de Navegação: facilita a navegação dos clientes pela padaria. Isso pode resultar em uma experiência de compra mais agradável e eficiente. Destaque de Produtos: pode ser usado para destacar produtos específicos, promovendo itens. Isso pode influenciar as decisões de compra dos clientes. Credibilidade e Profissionalismo: quando bem executado transmite uma imagem de profissionalismo e atenção aos detalhes, o que pode aumentar a credibilidade. Diferenciação no Mercado: a aplicação eficaz dos princípios pode diferenciar a padaria de seus concorrentes, ajudando-a a se destacar e conquistar uma parcela do mercado. Comunicação Eficaz: sinalizações claras e comunicação visual, facilitam a transmissão de informações, promoções e ofertas especiais. Cuidados com design na padaria Excesso de móveis Estes não devem comprometer o espaço e a circulação dos clientes, e no caso de mesas e cadeiras, devem ser suficientes para acomodá-los. Paisagismo Se há uso de plantas e jardins naturais, estes devem ter rega, limpeza e manutenção constante para permanecerem bonitos. Uso de buffets Estes não devem "roubar" espaço e não prejudicar a circulação. Precisam ser dimensionados conforme a demanda e variedade do cardápio. Mesas e cadeiras extras Havendo falta, reavalie o espaço, remova itens e outros móveis, e disponibilize local para mais destas. Afinal, o cliente é mais importante. Manutenção de fachada Faça limpeza e manutenção periódica da fachada. Iluminação, comunicação visual, contatos, tudo deve estar visível. Exposição de materiais embaixo do balcão Embora possa ser visto como economia e aproveitamento de espaço, prefira manter materiais e embalagens guardados. Iluminação O propósito desta é tornar seu ambiente e produtos visíveis. Reveja o uso desta como decoração. Ademais, ela consome energia elétrica também. Tente usar mais luz natural nos seus projetos. Fotos e imagens Todas as fotos de produtos e decorativas devem estar em bom estado e atualizadas. Dê preferência às de seus próprios produtos. Freezers e geladeiras Devem estar posicionados estrategicamente aos produtos relacionados e ser suficientes para os produtos desejados. Itens e elementos decorativos Devem estar de acordo com o estilo do estabelecimento e não em excesso, desviando a atenção de seus produtos. Os sazonais devem ser removidos assim que passarem as datas comemorativas. Conveniência Concentre-se em itens que vendem juntamente com seus produtos e atendam à demanda dos clientes. Pisos Fique atento ao tipo, limpeza diária e conservação. Sempre que houver danos, programe a manutenção ou troca. Vitrines Estas precisam ser suficientes para variedade de produtos e repostas continuamente. Vitrine vazia não vende. Foco no produto O foco é a venda do que é produzido na padaria. Evite produtos e serviços que não complementem ou não vendam seus produtos. Frente de loja Um conceito que tem auxiliado as padarias, confeitarias e outros empreendimentos do ramo de alimentação é o uso de fornos vitrine na área de vendas. O objetivo desses equipamentos é assar produtos em menor quantidade, mas constantemente e com variedade. Dessa forma, seus clientes verão que há produtos frescos saindo a todo momento, e o aroma de pão é irresistível. Além disso, muitas pessoas desconhecem a fabricação do pão e, mesmo para aqueles que já conhecem, é muito atrativo, e sua padaria certamente chamará a atenção. Outro ponto positivo é que ao assar produtos em menores quantidades, eles se mantêm frescos e ocorre menor desperdício por itens que são assados além do necessário. Sobram, perdem a qualidade gradativamente e, depois, devem ser descartados. Conclusão Em síntese, ao considerarmos a importância do design nas padarias, compreendemos que a estética e a funcionalidade desempenham papéis cruciais na atração e fidelização de clientes. Desde a disposição dos produtos até a escolha de equipamentos como fornos vitrine, o design influencia diretamente na experiência do consumidor. A harmonia visual aliada à praticidade operacional não apenas agrega valor à padaria, mas também cria uma atmosfera convidativa. A implementação cuidadosa do design não só destaca a frescura e a variedade dos produtos, como também reduz desperdícios, promovendo a sustentabilidade no processo. Assim, ao reconhecermos a relevância do design, as padarias não apenas aprimoram seu apelo estético, mas também otimizam operações, conquistando clientes e assegurando um espaço distintivo no mercado gastronômico. E agora que tal aplicar os mesmos conceitos com na exposição de produtos? Clique aqui e veja nosso conteúdo sobre o vitrinismo. 
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