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Cozinha regional brasileira: veja os principais pratos

Prática • 1 de outubro de 2021
Há muitos tipos diferentes de comida na mesa.

As cores, os aromas e os sabores da cozinha regional brasileira comportam as influências e heranças africanas e europeias. Estas, mescladas às receitas dos brasileiros indígenas, construíram os paladares de caiçaras, caipiras, ribeirinhos, sertanejos, matutos, interioranos. E por que não os metropolitanos que habitam, de norte a sul e de leste a oeste, esse país complexo e fascinante.

Nesse cenário, os restaurantes investem na comida regional, em busca de proporcionar aos clientes experiências únicas e aquele desejo de conhecer um prato típico ou mesmo matar a saudade de casa.

Ficou curioso? Neste post, vamos conhecer os principais pratos e ingredientes de cada região e como a tecnologia ajuda no preparo dessas delícias da cozinha regional brasileira.

Região Sudeste

A Região Sudeste tem forte influência portuguesa, africana e de povos indígenas. Nela se produz café, milho, mandioca também conhecida como macaxeira e aipim em outras regiões. Arroz, feijão, leite e frutas que são usados nos principais pratos regionais.

No estado paulista temos as melhores pizzas , o famoso sanduíche de mortadela, o virado à paulista, cuscuz paulista e picadinho paulista como pratos típicos.

Em Minas Gerais o destaque principal é para o tempero caseiro e o fogão à lenha. Nesse estado, encontramos o famoso queijo minas e da Serra da Canastra. Temos o pão de queijo, galinha ao molho pardo, preparado no seu próprio sangue, feijão tropeiro, frango com quiabo, tutu com torresmo e couve.

No estado carioca destaca-se a feijoada brasileira acompanhada com farofa, couve, arroz, torresmo e laranja fatiada. Outros ingredientes famosos são: bacalhau, feijão preto, canjiquinha e camarão com chuchu.

No Espírito Santo , encontramos excelentes pratos com frutos do mar. A famosa moqueca capixaba na panela de barro com urucum e coentro, arroz com camarão, peixe ao molho verde, caranguejada, pirão e quibebe de abóbora. 

Além dessas delícias, no estado capixaba temos a torta típica feita com uma mistura surpreendente de ingredientes: siri, sururu, camarão, ostra e bacalhau. Tudo isso com temperos picantes e ingredientes frescos da própria região.

Preparar todos esses pratos pode ser um desafio, visto que muitos ingredientes são altamente perecíveis. Para que isso não aconteça, precisamos aliar a tecnologia ao preparo dos alimentos para manter a essência dos ingredientes.

Região Sul

O Sul é muito conhecido pelo clima e pela presença de imigrantes europeus. Na culinária do Rio Grande , temos o famoso churrasco gaúcho , polenta e massas italianas, arroz carreteiro com carne de charque, chimarrão. Tem o cuscuz cozido no pano e a vapor com recheio de charque, salame, cebola, cheiro verde, limão e manteiga.

No preparo do churrasco temos um bom exemplo do uso da tecnologia quando se utiliza o defumador profissional com termômetro para o preparo da carne.

Em Santa Catarina a tecnologia na maricultura é bem significativa, ali são cultivadas: ostras, mexilhões, vieira e algas.

No Paraná o destaque fica para pratos como o famoso barreado, a carne de onça e o o pão no bafo. Além disso, o pinhão é um ingrediente bastante utilizado em pratos paranaenses.

Na Região Sul tem-se a produção de soja, trigo, milho, batata, laranja, uva, erva mate, gado de leite italiano e gado de corte nelore.

Região Centro-Oeste

A culinária do Centro-Oeste se justifica pela forte influência da pecuária e pelos frutos regionais. Alguns são pequi, guariroba, araçá, araticum, baru, buriti, caju, jatobá, jenipapo, mangaba, maracujá, murici, milho verde, amora preta e goiaba.

Todas essas frutas são usadas em vários pratos regionais como o famoso arroz e galinha caipira com pequi. Ou com guariroba, goiabada, pirão, farofa de banana, empadão goiano, pamonha, caldo de piranha e vaca atolada.

Como muitos frutos são perecíveis, a tecnologia do processamento para a produção de polpas de qualidade garante que possam ser usados em outras regiões do país. 

Região Norte

A riqueza da Amazônia tem grande influência na culinária. O seu bioma fornece os  principais ingredientes, como peixes, carnes, ervas aromáticas e temperos exóticos.

Outros produtos utilizados são: cupuaçu, guaraná, mandioca, jambu, pirarucu, tucunaré, urucum, açaí e castanha do Pará.

Os pratos típicos, como pato no tucupi, tacacá, maniçoba, mujica de pintado, caldeirada de tambaqui são preparos especiais. Aliados a práticas de tecnologia, conservam a essência de todos os seus ingredientes.

A tecnologia da piscicultura garante ingredientes sempre frescos sem agressão ao meio ambiente. O processo produtivo tem como objetivo a produção de proteína animal de forma sustentável.

Região Nordeste

A comida nordestina é conhecida pelo seu tempero picante, herança da africana enraizada na região. O alto teor calórico é destaque para a carne bovina e caprina, peixes e frutos do mar.

Os principais pratos são: moqueca de peixe, bobó de camarão, baião de dois, caruru, vatapá, acarajé. Há o rubacão, mistura de arroz com feijão verde, queijo coalho, charque e creme de leite. Tem o famoso escondidinho de carne de sol, a panelada, buchada, sarapatel, tapioca, rapadura, arroz com capote, caranguejada, cocada e paçoca.

Tudo isso com temperos típicos, tais como azeite de dendê, leite de coco e muita pimenta.

Todos os ingredientes são abundantes na região: coco, azeite de dendê, cana-de-açúcar, peixes e frutos do mar, mandioca, cacau, jambo, umbu, caju, dentre outros.

Mais uma vez a tecnologia auxilia no preparo alimentar e a sua distribuição para outros estados. Estamos falando dos alimentos ultracongelados que mantêm ao máximo suas características naturais e o seu valor nutritivo.

Concluindo

Em suma, incluir pratos da cozinha regional brasileira em seu estabelecimento é uma excelente forma de atrair novos públicos e aumentar a rentabilidade do negócio.

No entanto, a seleção da matéria-prima e a distribuição para bares e restaurantes espalhados pelo país é um grande desafio que a tecnologia procura superar. 

Para isso, é importante investir no processamento e na conservação alimentar, o que envolve uma combinação de procedimentos que as cozinhas regionais brasileiras devem conhecer.

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