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Mercado de proximidade: você conhece este conceito?

Prática • 3 de agosto de 2023
Uma imagem borrada de uma loja de bebidas com muitas garrafas nas geladeiras.

O mercado de proximidade ou “mercado de vizinhança”, vem como uma forma de atender a conveniência dos clientes, com produtos básicos e indispensáveis. Muitas redes e lojas já vêm repensando o atendimento convencional para atender esta nova necessidade.

Estas lojas têm no máximo 200m², ficam bem perto de prédios residenciais, escolas, universidades e até em uma mesma rua, algumas quadras à frente. Isto se dá pela adoção do sistema de franquias, onde pequenos mercados locais, recebem toda o know-how e identidade de um grande varejista mas em tamanho menor e localizado estrategicamente.

Leia o texto abaixo e fique por dentro do assunto.

Quais as vantagens do mercado de proximidade?

Você já precisou tirar o carro da garagem para ir até o supermercado mais próximo, muitas vezes para pegar apenas alguns itens? Ou caminhar por várias quadras? E o trânsito e a segurança? Esses são alguns dos principais aspectos que tornam o conceito de mercado de proximidade tão interessante para os consumidores, especialmente nos grandes centros.

Por oferecerem a proximidade como principal diferencial, essas lojas costumam ter um preço um pouco acima de um supermercado convencional. Todavia, o cliente paga pela comodidade e praticidade. Ele não precisa enfrentar o trânsito, gastar gasolina e, principalmente, dispender tempo.

Características do mercado de proximidade

Embora essas lojas estejam limitadas a um determinado número de itens devido aos seus tamanhos, elas oferecem produtos de primeira necessidade, como alimentos, bebidas e itens de higiene. Nelas temos o pão francês, o pão de queijo e outros itens de padaria, salgados, café, leite, sucos e refeições rápidas pré-prontas congeladas.

A maioria dessas lojas utiliza amplamente o sistema de “ Grab and Go “, ou seja, o cliente entra, escolhe o que deseja e já leva o produto embalado , na quantidade e preço que deseja. Essa estratégia de venda baseia-se no autoatendimento, o que possibilita lojas com um menor número de colaboradores.

Como o mercado de proximidade opera sem uma padaria?

Todos nós conhecemos os supermercados tradicionais com a padaria ao fundo, mas como o mercado de proximidade opera sem ela? A resposta é simples: centralização de produção e compra de produtos congelados de empresas terceirizadas.

Ao contrário do que se pensa, atualmente, graças ao uso da tecnologia dos ultracongeladores , é possível produzir pães e outros itens de panificação e confeitaria crus congelados, pré-prontos e até prontos. Esses produtos podem ser distribuídos, armazenados e finalizados conforme a demanda.

Algumas redes e marcas já investiram nesse conceito, não apenas para o mercado de proximidade, mas também para as lojas convencionais em si. Em vez de ter uma padaria, confeitaria, produção de salgados e até mesmo refeições de rotisseria em cada loja, elas centralizam toda a produção em um único local ou até mesmo em uma única loja.

Nesses locais, com instalações e equipes maiores, a produção é feita e distribuída para todo o sistema. São utilizados equipamentos de alta produtividade, como grupos automáticos de divisão e modelagem de pães alongados , fornos turbos , lastros e rotativos , e fornos combinados de 20 ou 40 GNs para itens de rotisseria, além dos ultracongeladores em túnel.

As empresas terceirizadas, que produzem e comercializam produtos congelados, operam da mesma maneira, utilizando esses equipamentos e até mesmo equipamentos maiores, devido à demanda.

Como é a dinâmica nas lojas?

Não há produção no mercado de proximidade, apenas finalização. No caso do pão francês, nas lojas maiores, ele é recebido cru congelado, armazenado e conforme as vendas, um atendente coloca nas assadeiras, deixa descongelar e leva à câmaras de fermentação compactas e após crescerem, colocam em fornos de convecção instalados diretamente sobre a mesma e os pães são assados à vista dos clientes.

Da mesma forma, itens como pães de queijo congelados, salgados assados com ou sem fermentação, massa de bolo congelada e outros itens compatíveis com este processo. Os atendentes podem pesar conforme o cliente pede ou já deixam pesado, embalado e etiquetado.

Já nas lojas menores, os produtos são recebidos já assados e embalados, uma ou várias vezes ao dia conforme sistema de distribuição escolhido, ou são recebidos da central, pesados e embalados e colocados nas prateleiras.

Serviços de café e lanche

Algumas lojas oferecem café, salgados e até mesmo pizzas como alternativa para um lanche rápido, atraindo ainda mais clientes. Para isso, elas utilizam os fornos de finalização ultrarrápida, conhecidos como Speed Ovens , que aquecem e dão acabamento rapidamente aos produtos pré-prontos.

Conforme mencionado anteriormente, os atendentes recebem esses produtos congelados e os armazenam. Eles os retiram conforme a demanda, garantindo frescor e segurança, além de reduzir as perdas por descarte.

Nesse caso, a loja adota a exposição fria, com produtos a uma temperatura de 0°C a 5°C. Quando os clientes solicitam, os atendentes os colocam no forno para aquecer.

É importante lembrar que na estufa aquecida (tradicional), o prazo de validade dos alimentos é de no máximo 4 horas. Por outro lado, na vitrine fria, o prazo de validade dos alimentos pode chegar a até 5 dias. Isso elimina a necessidade de descartar alimentos na maioria das operações e garante a qualidade final dos alimentos finalizados sob demanda. Além disso, proporciona aos clientes uma experiência de frescor e personalização.

Serviços de Pizza

Além disso, alguns pontos oferecem pizzas, montadas frescas ou pré-assadas para finalização. Para isto, utilizam-se fornos compactos elétricos instalados em balcões , dispensando a necessidade de coifas ou exaustores.

Nesse sistema, tanto os Speed Ovens quanto os fornos para pizza contam com opções de automação. Eles oferecem programação de receitas, personalização de fotos com os próprios produtos e plataformas de gestão remota. Essas características eliminam inclusive a necessidade de treinamentos presenciais constantes em cada ponto.

Conclusão

Em suma, o mercado de proximidade é mais uma forma de anteder os clientes com conveniência e facilidade. Por outro lado, maior faturamento e lucratividade tanto para as redes quanto no sistema de franquias. Ao contrário do que se imagina, esta alternativa não afeta as lojas convencionais ou grandes, já que os clientes continuarão a frequentá-las normalmente. Trata-se de outro canal de vendas, com suas particularidades e muitas possibilidades.

Por fim, veja nossa postagem sobre o conceito de Frente de Loja e como implementá-lo corretamente.

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