Embora o nome seja "francês", ele é genuinamente brasileiro. Segundo uma reportagem da Folha de Pernambuco e uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira da Indústria de Panificação e Confeitaria (Abip) em 2019, a média mensal de consumo atingiu 704,7 toneladas. Essa demanda continua a crescer, como indicado pelo estudo mais recente, que revela um aumento de 19,50% nas vendas em 2022 em comparação com o ano anterior, 2021.
De acordo com o Guia de Boas Práticas Nutricionais da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa, cada pãozinho de 50 gramas contém 137 a 150 calorias, 28,5 gramas de carboidratos e 4,1 gramas de proteínas. Ao contrário do que se pensa, ele não é um vilão, mas sim uma fonte de energia para as atividades diárias quando inserido em uma dieta equilibrada.
Celebrando este dia 21 de Março, Dia do Pão Francês, vamos discutir por que ele é tão crucial para a panificação brasileira e como pode impulsionar as vendas, atrair clientes e diferenciar seu estabelecimento entre os concorrentes. Confira nosso texto a seguir.
Ele recebe diferentes denominações em várias regiões do Brasil. Em São Paulo e Distrito Federal, é comumente chamado de pão francês ou "pão filão". Nas terras da Bahia e Minas Gerais, é conhecido como “pão de sal”, no Rio Grande do Sul como “cacetinho”, no Ceará como “carioquinha”, no Rio Grande do Norte como “pão de água”, e em Pernambuco como “pão de Jacó”.
O pão francês desempenha um papel importantíssimo como produto acessível, líder de vendas, alimentando pessoas de todas as idades e classes. Da criança ao idoso, estudantes, trabalhadores, ele está presente na mesa dos brasileiros, seja no café da manhã, lanche ou como substituto de refeições em algumas ocasiões quando o tempo é escasso.
Composto essencialmente por farinha, água, fermento e sal, o pão francês permanece como a opção mais econômica. Em comparação com produtos mais elaborados da padaria, apresenta uma lista de ingredientes consideravelmente menor. Mesmo diante de aumentos nos preços de insumos básicos, como o trigo, o pão mantém sua presença constante na mesa do brasileiro.
Ao investir em matérias-primas, processos, equipamentos e treinamento da equipe, tanto no preparo quanto no atendimento, é possível alcançar níveis de qualidade excepcionais para este produto. Dessa forma, torna-se viável atrair mais clientes, oferecendo um produto não apenas bonito, crocante e saboroso, mas também único. Uma tendência atual, por exemplo, é a incorporação da massa madre na composição.
Ele não só garante vendas por si só, mas também impulsiona a comercialização dos demais produtos na prateleira. O cliente não adquire apenas o pão, mas também leva consigo o bolo, a manteiga, o leite, a famosa mortadela, presunto, queijo, ou até mesmo uma geleia, uma fatia de torta, doce ou outro tipo de pão. Dessa forma, ele potencializa as vendas.
O pão francês não precisa ser exclusivamente de farinha branca; ele pode ser integral, semi-integral (com metade de farinha branca e metade integral) ou enriquecido com outros tipos de farinhas, fibras, farelos, sementes, vegetais em pó, óleos, sementes e grãos inteiros, como girassol, linhaça, amaranto, quinoa, gergelim, entre outros. Essa diversidade possibilita a criação de uma nova linha de produtos.
Uma das grandes inovações na produção, não apenas do pão francês, mas de toda a linha de produtos da padaria, é o uso da tecnologia do ultracongelamento (ultracongeladores). Isso permite o preparo antecipado desses produtos congelados, que podem ser facilmente armazenados e, em seguida, descongelados, fermentados e assados conforme a demanda.
Essa prática viabiliza tanto o atendimento interno da loja quanto a venda para terceiros e consequentemente, falta do produto. Outro aspecto crucial é que essa técnica pode eliminar as perdas. Ao assar conforme a necessidade, não há desperdícios. Além disso, a qualidade é elevada, já que os pães estão sempre frescos.
Em muitos locais, os padeiros precisam trabalhar dia e noite para garantir o pãozinho. No entanto, tecnologias como as dos grupos automáticos permitem automatizar, agilizar e padronizar a produção de pães alongados, entregando mais produtos em menos tempo.
Quando aliadas aos ultracongeladores mencionados acima e à produção antecipada, você transforma sua padaria tradicional em uma pequena indústria, ganhando tempo e reduzindo custos gerais. Além disso, isso contribui para o bem-estar do próprio trabalhador, facilitando sua rotina.
O pão francês não precisa ter apenas 50 gramas; pode ser na versão mini de 15 a 30 gramas, ou maior para sanduíches, com 80 gramas, ou até mesmo mini baguetes entre 100 e 160 gramas. Além disso, pode assumir a forma de "filão" ou baguete alongada, pesando de 300 a 500 gramas. Em outras palavras, trata-se da mesma massa, mas em diferentes tamanhos.
Ele também pode ser produzido em formato redondo, em diversas gramaturas. Dessa forma, você amplia a variedade, oferecendo mais opções aos seus clientes.
Uma sugestão que tem chamado a atenção é a adoção dos chamados "fornos vitrine" na frente da loja. Em vez de apenas assar os pães na área de produção e enviá-los para o "passa-pão" ou "vasca", você irá assar quantidades menores nestes fornos durante todo o expediente, proporcionando pães sempre quentinhos e frescos a todo momento. Algo notável neste método é que o aroma dos pães e outros produtos assando chama muita atenção e atrai mais clientes para a loja.
A venda do pão francês não se limita apenas ao consumo doméstico, mas também ocorre dentro do próprio estabelecimento, na forma do famoso "pão na chapa", feito com manteiga, assim como em sanduíches clássicos como o de mortadela e suas variações. Você também pode impulsionar as vendas do seu estabelecimento criando sabores e recheios, ou mesmo oferecendo "combos" do produto com bebida ou outro acompanhamento.
Em síntese, o pão francês desempenha um papel central na panificação brasileira, transcendendo sua simples natureza de alimento básico. Sua versatilidade, evidenciada por diferentes denominações regionais e variedades de tamanhos, tornou-se um elemento icônico na mesa dos brasileiros.
Clique aqui e confira também nosso artigo sobre a “pestana”, aquela casquinha crocante ou clique aqui e conheça melhor as fases de produção dele!
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